Estado registrou mais de 4,4 mil ocorrências em 2024; celulares representam mais da metade dos furtos no Brasil
Mato Grosso do Sul registrou 4.406 furtos de celular em 2024, aumento de 3,7% em relação ao ano anterior, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. A taxa proporcional foi de 16 furtos para cada 10 mil habitantes, acima da média nacional, de 15,1, o que coloca o estado na 10ª posição entre os mais afetados do país.
Os maiores índices foram registrados no Distrito Federal (37,5 por 10 mil), São Paulo (27,4) e Rio de Janeiro (20,1). Já os menores ficaram com Piauí (2,6), Amapá (2,9) e Pará (4,4). Mato Grosso do Sul superou seus estados vizinhos, como Mato Grosso (10,3) e Goiás (14,4).
No Brasil, foram registrados 325.486 furtos de celulares em 2024. Apesar do alto número, o volume vem se mantendo estável nos últimos três anos. Os pesquisadores apontam que os aparelhos são alvos preferenciais pela facilidade de revenda e pela atuação de mercados paralelos com poucos controles.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, há forte subnotificação nesses casos. Muitas vítimas não registram ocorrência, especialmente quando o aparelho tem menor valor ou quando há dificuldade de acesso às delegacias. Em Mato Grosso do Sul, a média foi de aproximadamente 12 furtos de celular por dia.
O relatório destaca que, além de bens materiais, os celulares armazenam dados pessoais, bancários e profissionais, o que amplia o impacto do crime. Especialistas defendem a ampliação do bloqueio remoto, campanhas de conscientização e maior integração entre polícias e operadoras de telefonia para desarticular quadrilhas.
Furtos em geral diminuem no Estado
Embora os furtos de celular tenham aumentado, o total de furtos registrados em Mato Grosso do Sul caiu 6,5% em 2024. Foram 14.665 ocorrências contra 15.684 no ano anterior. A taxa proporcional foi de 53,1 furtos por 10 mil habitantes, abaixo da média nacional, de 81,1, colocando o estado na 20ª posição entre os 27 da federação.
Mato Grosso do Sul também teve índices menores que os vizinhos Mato Grosso (69,1) e Goiás (94,2), e bem abaixo de São Paulo (148,6) e Rio Grande do Sul (141,8), que lideram o ranking nacional.
Com informações Campo Grande News