Mato Grosso do Sul encerra o ano de 2025 com um dado positivo na área da saúde da mulher: o Estado registrou a menor taxa de gravidez na adolescência dos últimos dez anos.
De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, o índice caiu de 14,92% em 2022 para 12,65% em 2025. Enquanto isso, no mesmo período, o Brasil apresentou um aumento de quase 4%. Em Mato Grosso do Sul, a redução foi de 1,54%.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o principal fator para essa queda é a ampliação da oferta dos métodos contraceptivos de longa duração, conhecidos como LARCs, como o DIU e os implantes hormonais. A iniciativa conta com financiamento estadual desde 2009, além de ações educativas e capacitação das equipes da Atenção Primária.
A coordenadora de Saúde da Mulher, Criança e Maternidade da SES, Andriely Gomes, explica que o acesso gratuito e seguro a esses métodos garante mais autonomia às adolescentes e ajuda a evitar gestações não planejadas.
Em 2025, o Estado intensificou a capacitação de profissionais da saúde, com oficinas presenciais em cidades como Campo Grande, Nova Andradina e Costa Rica. Também foram realizadas ações educativas, incluindo oficinas do projeto Educar para Transformar e uma webaula estadual sobre prevenção do HPV e gravidez na adolescência, com participação dos 79 municípios.
Os números mostram uma queda consistente: entre 2015 e 2025, o número de nascidos vivos de mães entre 15 e 19 anos caiu de mais de 8 mil para cerca de 2.800. Entre menores de 15 anos, a redução foi de 514 para 171 casos.
Mesmo com os avanços, a Secretaria reforça que o trabalho continua. A meta é ampliar ainda mais o acesso à informação, fortalecer o acolhimento e garantir que nenhuma adolescente engravide por falta de orientação ou acesso a métodos seguros.
Segundo Andriely Gomes, cada índice reduzido representa mais oportunidades para que meninas possam estudar, sonhar e construir seu próprio futuro.
com informações do GOV.MS


