Estado se destaca no cenário internacional com 94 empresas de Investimentos Estrangeiros Diretos, reforçando sua posição como polo econômico em setores estratégicos.
Mato Grosso do Sul figura entre os principais destinos de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no Brasil, com 94 empresas com participação de capital internacional. Esse número posiciona o Estado em 13º lugar no ranking da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), representando 0,79% do total de empresas com IED no país. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram o ranking, com São Paulo concentrando quase metade dos investimentos estrangeiros no Brasil.
O agronegócio e a indústria química são os principais motores do crescimento econômico no Mato Grosso do Sul, atraindo empresas internacionais especialmente em setores como fábricas de papel, refino de cana-de-açúcar e processamento de alimentos. Investidores de países como Estados Unidos, Alemanha, Países Baixos e França estão entre os principais interessados no potencial econômico do Estado.
Setores estratégicos em expansão
Além da forte presença no agronegócio, outros setores que recebem atenção dos investidores estrangeiros no Mato Grosso do Sul incluem serviços elétricos, fabricação de tintas e vernizes, preparações farmacêuticas, transporte de carga, tecnologia de computadores e softwares, e laboratórios de testes. A diversificação econômica do Estado vem sendo um dos grandes atrativos para a entrada de capital estrangeiro, fortalecendo ainda mais o mercado regional.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou a importância estratégica do Mato Grosso do Sul no cenário global de investimentos. “Todo esse investimento é resultado de uma estratégia sólida que o governo estadual adotou, de atuar de forma ativa no mercado internacional. Participamos de eventos em Nova Iorque e na Europa para apresentar o potencial do Estado a investidores estrangeiros”, explicou.
Verruck também reforçou que o Mato Grosso do Sul já é um estado exportador e, ao mesmo tempo, tem a capacidade de atrair novos investimentos. “Nossas ações de atração de investimentos estão funcionando, e acreditamos que, em breve, estaremos entre os dez principais estados brasileiros a receber IED, especialmente com a chegada de grandes projetos como os da Arauco e da Bracell, que ainda não foram computados nas estatísticas”, comentou o secretário.
Perspectivas futuras
O secretário destacou que, com novos investimentos no horizonte, o Estado se prepara para consolidar sua posição em setores como celulose, multiproteínas e bioenergia, fortalecendo a economia local e gerando novos empregos. “Esses projetos têm o potencial de transformar o Mato Grosso do Sul em um polo ainda mais atrativo para investidores internacionais, consolidando o agronegócio e as novas indústrias como setores essenciais ao desenvolvimento regional”, completou Verruck.
Brasil em destaque global
Em nível nacional, o Brasil se destacou entre os cinco países que mais receberam investimentos estrangeiros diretos em 2023, com o setor de serviços captando 67,1% do total de recursos externos. A indústria também foi um importante destino para esses investimentos, principalmente nas áreas de máquinas, aparelhos e materiais elétricos.
Segundo o Banco Central, os Estados Unidos foram o país que mais investiu no Brasil no último ano, representando 25,8% dos aportes. Países como os Países Baixos e o Reino Unido também aparecem entre os principais investidores, enquanto países como a China utilizam terceiros países, como os próprios Países Baixos, para realizar seus investimentos no Brasil.
Esses números reafirmam a relevância do Brasil no cenário internacional de investimentos e a crescente importância de estados como o Mato Grosso do Sul, que se consolidam como polos de atração de capital estrangeiro e inovação.