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Morte de policiais militares cresceu 200% em MS entre 2012 e 2013

24/11/2014 – Atualizado em 24/11/2014

Por: Campo Grande News

O número de policiais militares mortos em confronto ou por lesão não natural fora de serviço aumentou 200% em 2013, no Mato Grosso do Sul. Segundo o 8º Anuário Brasileiro de Segurança Pública disponibilizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em 2012 quatro PMs foram mortos;no ano seguinte o número subiu para 12.

Segundo Edmar Soares, presidente da ACS/MS (Associação Estadual de Cabos e Soldados Militares), estes dados refletem a falta de investimento na polícia por parte do Governo do Estado, principalmente no que se refere à reposição de efetivo.

Outro ponto destacado por Soares é que o estado está localizado em uma áre de rota do crime, na fronteira seca com a Bolívia e o Paraguai, e também por causa da instalação do Presídio Federal que trouxe presos da união de alta periculosidade.

“Esses criminosos que vieram de fora para o Presídio Federal possuem ligação com diversas facções, e trazem consigo suas corjas de comparsas. Muitos deles têm como objetivo a execução de policiais. O militar, mesmo fora de trabalho, não tem proteção, pois não há efetivo suficiente par realizar o trabalho de repressão”, afirmou.

A redução no repasse de recursos à Polícia Militar também contribui para este cenário, aponta. De acordo com o Anuário, o investimento em policiamento ostensivo teve declínio de 15% no ano passado em comparação com 2012, caindo de R$ 896,1 milhões para R$ 734,6 milhões. Por outro lado, o investimento em inteligência cresceu 28%, indo de R$ 89 milhões para R$ 114 milhões, entre 2012 e 2013.

“O investimento em inteligência é importante, mas os resultados vêm somente a longo prazo, já que o trabalho é feito após o crime. Por outro lado, a repressão tem caráter preventivo. Mais policiais nas ruas inibem a ação dos criminosos, por isso, precisamos de aumento no quadro de servidores”, afirma o presidente da ACS/MS.

Caso – Um dos casos mais emblemáticos é o do policial militar Rony Mayckon Varoni de Moura Silva, 28 anos, executado em junho deste ano enquanto transportava um malote com R$ 20 mil, em uma pick-up Volkswagen Saveiro. O crime aconteceu na BR-262, saída de Campo Grande para Aquidauana. Em duas motos, os bandidos se aproximaram para roubar o dinheiro. Ao notar a aproximação deles, Rony acelerou o carro, mas acabou atingido por disparos. Um colega dele conseguiu escapar e foi cercado, mas trocou tiros até que os bandidos desistissem da ação.

Sejusp – O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini confirma que houve maior investimento em inteligência, mas que o Estado não negligencia a PM. “Houve sim maior investimento em inteligência policial por parte do Governo do Estado, pelo fato de ser a inteligência a base essencial no desempenho das atividadesde segurança pública, em especial, a atividade policial, haja vista que minimiza os riscos e custos e maximiza o emprego de efetivo e os resultados positivos”, disse.

Com relação à morte de policiais, ele afirma que o crescimento é atípico, mas está diretamente relacionado ao risco da atividade. “Com foco na redução dos incidentes durante confrontos que resultam nas mortes de policiais, a Sejusp elaborou e instituiu, com a publicação no Diário Oficial do Estado de 13 de novembro de 2014 (página 16), a Política de Gestão de Riscos, e a partir de agora irá implantar o Plano de Gestão de Riscos para todos os órgãos da segurança pública do Estado”, explicou.

Mais números – O número de policiais civis mortos é menor que dos militares. Entre os anos de 2012 e 2013 foram apenas dois casos. O Anuário traz como justificativa para morte de policiais fora de serviço a prática dos chamados “bicos”, que nestes casos, estão sem o apoio de colegas. Em todo o país foram 490 mortes violentas no ano passado. Nos últimos cinco anos a soma é de 1.770 policiais vitimados. Quanto ao número de pessoas mortas pela polícia, o aumento é de 33%, com 15 mortes em 2012 e 20 em 2013.

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Imagens - Campo Grande News

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