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16/06/2016 – Atualizado em 16/06/2016
Por: Ana Carolina Kozara com informações de Mídia Max e Paraguai.com
O cenário de guerra que transformou as ruas da cidade de Pedro Juan Caballero, localizada na fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã, deixou toda uma população chocada com a batalha sangrenta pelo controle do tráfico de drogas e armas na região.
A guerra iniciou na noite desta quarta-feira (15), quando o narcotraficante Jorge Rafaat Toumani foi executado após cair em grande emboscada realizada por três veículos equipados com armamentos militares que atacaram o Jipe Hummer blindado, conduzido pelo narcotraficante.
No momento em que os pistoleiros abriram fogo, os seguranças particulares de Rafaat, que realizavam a escolta do narcotraficante, iniciaram a troca de tiros, que culminou na morte de pelo menos quatro pessoas e deixou sete feridos, dentre eles um policial identificado como Jorge Espindola, que foram levados ao hospital. A polícia Paraguaia também prendeu sete pessoas suspeitas de estarem envolvidas como crime.
Os ataques se estenderam até duas horas após o atentado, e em algumas regiões puderam ser ouvidos disparos d arma de fogo até durante a madrugada desta quinta-feira (16).
Durante o ataque, centenas de pessoas gravaram arquivos de áudio e vídeo, que foram repassados através das redes sociais e alertavam para que a população não saísse às ruas.
A polícia paraguaia recolheu centenas de capsulas de projéteis, que conseguiram furar a blindagem do jipe Hummer. As armas utilizadas chamam atenção por serem exclusivas de exércitos, um fuzil Mag anti-área, fuzil AK 47 e metralhadoras, além de uma .50 adaptada num dos veículos – uma Hylux SW4, que se transformou numa espécie de tanque de guerra.
Uma tevê local também afirma que após o assassinato de Rafaat, um grupo comandado pelo filho dele matou Luan Pavão, filho do empresário Jarbas Pavão, também ligado ao narcotráfico. Em decorrência disso, vários ataques simultâneos tiveram início na fronteira.
A morte do narcotraficante
De acordo com informações do site paraguaio, paraguay.com, o médico legista Marcos Prieto, confirmou que Rafaat morreu na cabine de seu veículo blindado após ser alvejado por 16 disparos que atingiram sua cabeça, pescoço, ombro e peito, O legista ainda afirma que os tiros forma efetuados por armas muito poderosas e de acordo com o relatório, a causa da morte foi traumatismo craniano grave com perda de tecido cerebral.
Praça de guerraDiante do risco iminente, o exercito brasileiro reforçou a segurança na fronteira e fechou a entrada e saída no Brasil, sendo utilizado inclusive tanques de guerra Em Ponta Porã, o clima também é de tensão. Moradores dos bairros mais próximos da fronteira evitam sair de casa. Nas redes sociais como Facebook e WhatsApp, também não se fala de outro assunto. “Recebi fotos e áudios do tiroteio, parecia guerra, mesmo”, afirmou uma pessoa que preferiu não ser identificada.
Moradora de Pedro Juan Caballero, uma brasileira afirma que por pouco não presenciou o atentado. “É uma região muito central e movimentada, eu poderia estar passando ali”, conta a mulher, que esta noite irá dormir na casa de familiares, no Brasil. Outro morador de Ponta Porã afirmou que boatos também começaram a surgir. “Estão circulando notícias de que em vários pontos da cidade está havendo tiroteio, que algumas pessoas morreram. Não sabemos se as informações procedem, mas por medo a gente prefere não arriscar. Trabalho em Ponta Porã, mas moro em Pedro Juan. Vou sair daqui só para ir para casa”, disse.
‘Rei da fronteira’
Jorge Rafaat era conhecido na região de fronteira como um dos chefes do narcotráfico, embora publicamente apresentasse-se como um empresário de sucesso no ramo de segurança privada e venda de pneus. Entretanto, ele foi sentenciado no Brasil por penas que somadas dão 47 anos, por formação de quadrilha, tráfico
internacional de drogas e lavagem de dinheiro. O processo correu na 3ª Vara Federal de Ponta Porã, na época, comandada pelo juiz federal Odilon de Oliveira, que também determinou sequestro de bens de Rafaat.
Rafaat já havia sofrido várias tentativas de atentado. Em maio de 2001, um grupo de homens armados invadiu a empresa do traficante, em situação que culminou nas investigações de seu envolvimento com narcotráfico na fronteira. Já em março deste ano, ele afirmou a uma rádio do Paraguai que homens fortemente armados em um furgão

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16/06/2016 – Atualizado em 16/06/2016
Por: Ana Carolina Kozara com informações de Mídia Max e Paraguai.com
O cenário de guerra que transformou as ruas da cidade de Pedro Juan Caballero, localizada na fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã, deixou toda uma população chocada com a batalha sangrenta pelo controle do tráfico de drogas e armas na região.
A guerra iniciou na noite desta quarta-feira (15), quando o narcotraficante Jorge Rafaat Toumani foi executado após cair em grande emboscada realizada por três veículos equipados com armamentos militares que atacaram o Jipe Hummer blindado, conduzido pelo narcotraficante.
No momento em que os pistoleiros abriram fogo, os seguranças particulares de Rafaat, que realizavam a escolta do narcotraficante, iniciaram a troca de tiros, que culminou na morte de pelo menos quatro pessoas e deixou sete feridos, dentre eles um policial identificado como Jorge Espindola, que foram levados ao hospital. A polícia Paraguaia também prendeu sete pessoas suspeitas de estarem envolvidas como crime.
Os ataques se estenderam até duas horas após o atentado, e em algumas regiões puderam ser ouvidos disparos d arma de fogo até durante a madrugada desta quinta-feira (16).
Durante o ataque, centenas de pessoas gravaram arquivos de áudio e vídeo, que foram repassados através das redes sociais e alertavam para que a população não saísse às ruas.
A polícia paraguaia recolheu centenas de capsulas de projéteis, que conseguiram furar a blindagem do jipe Hummer. As armas utilizadas chamam atenção por serem exclusivas de exércitos, um fuzil Mag anti-área, fuzil AK 47 e metralhadoras, além de uma .50 adaptada num dos veículos – uma Hylux SW4, que se transformou numa espécie de tanque de guerra.
Uma tevê local também afirma que após o assassinato de Rafaat, um grupo comandado pelo filho dele matou Luan Pavão, filho do empresário Jarbas Pavão, também ligado ao narcotráfico. Em decorrência disso, vários ataques simultâneos tiveram início na fronteira.
A morte do narcotraficante
De acordo com informações do site paraguaio, paraguay.com, o médico legista Marcos Prieto, confirmou que Rafaat morreu na cabine de seu veículo blindado após ser alvejado por 16 disparos que atingiram sua cabeça, pescoço, ombro e peito, O legista ainda afirma que os tiros forma efetuados por armas muito poderosas e de acordo com o relatório, a causa da morte foi traumatismo craniano grave com perda de tecido cerebral.
Praça de guerraDiante do risco iminente, o exercito brasileiro reforçou a segurança na fronteira e fechou a entrada e saída no Brasil, sendo utilizado inclusive tanques de guerra Em Ponta Porã, o clima também é de tensão. Moradores dos bairros mais próximos da fronteira evitam sair de casa. Nas redes sociais como Facebook e WhatsApp, também não se fala de outro assunto. “Recebi fotos e áudios do tiroteio, parecia guerra, mesmo”, afirmou uma pessoa que preferiu não ser identificada.
Moradora de Pedro Juan Caballero, uma brasileira afirma que por pouco não presenciou o atentado. “É uma região muito central e movimentada, eu poderia estar passando ali”, conta a mulher, que esta noite irá dormir na casa de familiares, no Brasil. Outro morador de Ponta Porã afirmou que boatos também começaram a surgir. “Estão circulando notícias de que em vários pontos da cidade está havendo tiroteio, que algumas pessoas morreram. Não sabemos se as informações procedem, mas por medo a gente prefere não arriscar. Trabalho em Ponta Porã, mas moro em Pedro Juan. Vou sair daqui só para ir para casa”, disse.
‘Rei da fronteira’
Jorge Rafaat era conhecido na região de fronteira como um dos chefes do narcotráfico, embora publicamente apresentasse-se como um empresário de sucesso no ramo de segurança privada e venda de pneus. Entretanto, ele foi sentenciado no Brasil por penas que somadas dão 47 anos, por formação de quadrilha, tráfico
internacional de drogas e lavagem de dinheiro. O processo correu na 3ª Vara Federal de Ponta Porã, na época, comandada pelo juiz federal Odilon de Oliveira, que também determinou sequestro de bens de Rafaat.
Rafaat já havia sofrido várias tentativas de atentado. Em maio de 2001, um grupo de homens armados invadiu a empresa do traficante, em situação que culminou nas investigações de seu envolvimento com narcotráfico na fronteira. Já em março deste ano, ele afirmou a uma rádio do Paraguai que homens fortemente armados em um furgão

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