O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, em Paris. Mineiro de Aimorés, Salgado construiu uma carreira internacional marcada por registros fotográficos que denunciaram desigualdades sociais e celebraram a diversidade humana com sensibilidade e profundidade artística.
A morte do fotógrafo foi amplamente lamentada por autoridades brasileiras e internacionais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva homenageou Salgado nas redes sociais, destacando seu olhar humanitário: “Salgado não usava apenas seus olhos e sua máquina para retratar as pessoas: usava também a plenitude de sua alma e de seu coração”, escreveu. “Sua obra continuará sendo um clamor pela solidariedade.”
O vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou, descrevendo o legado do fotógrafo como um “chamado à ação consciente, em prol de um mundo inclusivo e sustentável”.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou que a lente de Salgado “capturou a alma do mundo”, e o ministério classificou sua perda como a de “um dos maiores ícones da fotografia documental do mundo”. Entre seus trabalhos mais célebres estão as séries Trabalhadores (1993) e Êxodos (2000), que retratam questões sociais com um estilo inconfundível em preto e branco.
Na França, o ministro Jean-Noël Barrot, durante a abertura da Semana da América Latina e do Caribe, lembrou Salgado como “um grande artista franco-brasileiro” e citou uma de suas frases mais emblemáticas: “Quero que minhas fotografias contem histórias que façam as pessoas pararem e pensarem”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou Salgado como “um amigo e um dos maiores expoentes da fotografia mundial”, enquanto o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, o chamou de “patrimônio cultural brasileiro”, lembrando sua atuação em causas ambientais e indígenas.
A Academia de Belas Artes da França, da qual Salgado era membro desde 2016, também prestou homenagem e anunciou um comunicado oficial. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) destacou sua solidariedade com o movimento e o impacto de sua obra na luta por justiça social.
Sebastião Salgado deixa um legado reconhecido mundialmente, marcado por sua capacidade de transformar imagens em instrumentos de reflexão e mudança.
Com informações Agência Brasil