Essa orientação para o uso da cloroquina havia sido rejeitada pelos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich
20/05/2020 10h19
Por: Patrícia Fernandes com informações do Midiamax
BRASÍLIA (DF) – Após a recusa dos dois últimos ministros da Saúde, que optaram por pedir demissão para não assinarem o documento para autorizar o uso da cloroquina, mas o mais novo Ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, assinou o documento nesta quarta-feira (20) que autoriza a prescrição do medicamento desde os primeiros sinais da Covid-19, porém aos que aceitarem o uso, vão ter que assinar um termo de consentimento.
Com documento divulgado nessa quarta-feira (20), todo médico terá liberdade para o uso, tanto em pacientes com sintomas leves, assim com os com sintomas mais graves, porém para o uso da cloroquina, os pacientes terão que assinar um termo de consentimento.
Desde o início, o presidente Jair Bolsonaro, defendeu e estimulou o uso da cloroquina para que pacientes com Covid-19 fossem tratados na fase inicial, porém, não há estudos que comprovem a eficácia do medicamento, que atualmente é usado para o tratamento de lúpus e malária. Com a aprovação, todos diagnosticados com a doenças poderam ter acesso ao remédio.
Os dois ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, rejeitaram a ideia de assinar o protocolo e pediram a demissão em meio a pandemia. Mandetta chegou a citar alguns estudos que mostram que além de ineficaz, a cloroquina pode causar como efeitos colaterais, como problemas cardíacos.
Além de Bolsonaro, o presidente americano Donald Trump, chegou a dizer que está tomando a cloroquina para se prevenir, mesmo sem ter contraído a doença.
Em março desse ano, a empresa Sanofi, com unidade na França que é a produtora da cloroquina, foi alvo de muitas criticas das autoridades do país, após terem anunciado os primeiros lotes da vacina.

