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Mediador da ONU diz que Síria precisa demonstrar que quer paz

Internacional – 28/05/2012 – 13:05

O mediador internacional Kofi Annan disse nesta segunda-feira que ficou horrorizado com os assassinatos na cidade síria de Houla e cobrou do governo sírio decisões firmes para mostrar que o país está comprometido em alcançar uma solução pacífica para a crise.

Falando rapidamente após chegar a Damasco, Annan disse que esperava ter “discussões sérias e francas” com o presidente Bashar al Assad. Os dois devem encontrar-se na terça-feira (29), de acordo com o Ministério de Relações Exteriores sírio.

Pelo menos 87 pessoas morreram no país no domingo, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), 37 delas na cidade de Hama (centro), onde as tropas governamentais executam uma ofensiva.

Este é um dos maiores balanços de vítimas em apenas um dia desde 12 de abril, quando entrou em vigor a trégua negociada por Annan.

O OSDH, com sede em Londres, informou que a cidade de Hama, um dos focos dos protestos, foi atacada com foguetes e disparos de metralhadores. Sete menores de idade e cinco mulheres estão entre as vítimas.

A ofensiva aconteceu no momento em que o Conselho de Segurança da ONU condenava de forma unânime em Nova York as autoridades sírias por outro ataque, na sexta-feira, contra um bairro residencial em Hula (centro) que deixou pelo menos 108 mortos, incluindo 32 crianças.

Kofi Annan, mediador da ONU e da Liga Árabe para a Síria, terá uma reunião na terça-feira em Damasco com o presidente sírio Bashar al-Assad, segundo fontes do governo de Damasco. Esta será a segunda visita de Annan à Síria desde que assumiu a função de mediador, há três meses.

O OSDH afirma que mais de 13.000 pessoas, em sua maioria civis, morreram em confrontos violentos desde março de 2011, quando teve início a revolta contra o regime de Assad. Desde a entrada em vigor da trégua em 12 de abril, violada sistematicamente desde então, morreram pelo menos 1.881 pessoas, segundo a ONG.

Rússia

A Rússia, país que tem sido uma dos maiores aliados da Síria em votações no Conselho de Segurança da ONU, culpou os dois lados do conflito pelo massacre em Hula.

“Aqui nós temos uma situação na qual os dois lados claramente tiveram participação no fato de que cidadãos pacíficos foram mortos”, declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov em uma entrevista coletiva ao lado do colega britânico William Hague. “Quem está no poder na Síria é menos importante que o fim da violência”, completou.

“Nós não apoiamos o regime sírio, apoiamos o plano de Kofi Annan, mas as potências internacionais têm que atuar no mesmo jogo, que é trabalhar para aplicar o plano de Annan e não para obter uma mudança do regime”, disse Lavrov. “Estamos muito preocupados vendo como o plano de Annan não é respeitado. Continuamos muito longe de nossos objetivos”, acrescentou.

O Conselho de Segurança da ONU condenou de maneira unânime no domingo o governo sírio pelo massacre de Hula e exigiu que Damasco pare de utilizar armamento pesado nas cidades com presença de insurgente e que retire suas tropas das localidades.

O governo da China pediu nesta segunda-feira uma “investigação imediata” sobre o massacre de Hula, mas não apontou o regime de Bashar al-Assad como responsável, como fez o Conselho de Segurança da ONU. Pequim também defendeu a aplicação do plano de paz de seis pontos proposto por Kofi Annan.

O governo do Irã também condenou o massacre de Hula, mas considerou “suspeita” a tentativa de culpar as forças do regime sírio.

Fonte: G1

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