Equipes da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA) iniciaram, no último sábado (18), em Campo Grande (MS), visitas técnicas e reuniões preparatórias para a realização da COP15 das Espécies Migratórias — a Conferência da ONU voltada à conservação de animais silvestres que cruzam fronteiras. O evento está marcado para março de 2026 e reunirá representantes de mais de 130 países na capital sul-mato-grossense.
Durante a COP15, serão debatidos os principais desafios na preservação de espécies migratórias, como elefantes, baleias, peixes, antílopes, aves, morcegos e até borboletas — animais que percorrem grandes distâncias e têm papel vital na manutenção da biodiversidade global.
Os encontros desta semana envolveram representantes da CMS (Convenção sobre Espécies Migratórias da ONU), do MMA e da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de MS), para alinhar estratégias de organização, comunicação, produção de materiais e definição de espaços para o evento.
A Semadesc é o ponto focal do governo estadual na organização da conferência e participa das articulações desde novembro de 2024, quando Campo Grande ainda era apenas candidata a sediar a COP. A confirmação da capital como sede foi anunciada em março deste ano, resultado de articulação conjunta entre o governo estadual e o MMA, com base nas políticas ambientais já implementadas no Estado.
O evento acontecerá entre 23 e 29 de março de 2026. A “Zona Azul”, que abrigará as negociações oficiais entre os países, será no Expo Bosque, no Shopping Bosque dos Ipês. Já a “Zona Verde”, voltada ao público, com exposições, eventos culturais e praça de alimentação, será na Vila Morena, ao lado do Parque das Nações Indígenas.
A expectativa é de que a COP15 receba entre 4 e 5 mil pessoas, incluindo cientistas, representantes de povos originários, comunidades tradicionais e membros da sociedade civil. O Governo de Mato Grosso do Sul trabalha na preparação da infraestrutura e na construção de uma agenda paralela de cultura e turismo para receber os visitantes.
“Será uma oportunidade única para mostrar ao mundo nossas políticas ambientais e buscar novos recursos para expandir programas de referência, como o de pagamento por serviços ambientais”, destacou o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette.
Com informações Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul