14.5 C
Três Lagoas
terça-feira, 8 de julho, 2025

Silvicultura e agricultura tomam espaço de pastagens em MS nos últimos 16 anos

As áreas de pastagens de Mato Grosso do Sul estão dando lugar à agricultura e silvicultura nos últimos 16 anos. É o que revela o MapBiomas, Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil, divulgado nesta quarta-feira (13).

O projeto analisou imagens de satélite entre 1985 e 2020 e analisou características do solo do país. Uma das conclusões alcançadas é que, nesse período, a área para pastagens até cresceu em MS, mas num ritmo muito menor que outras culturas. Enquanto que os espaços usados para pastagens cresceu cerca de 20%, as plantações tiveram incremento de quase 500% e áreas com plantações de eucaliptos e pinus (silvicultura) registraram alta de 2.000%.

“A área de pastagem no MS cresceu até mais ou menos 1998. Nos anos 2000 deu uma estabilizada, mas vem caindo agora. Atingiu cerca de 18 milhões de hectares em 2004/05 e vem diminuindo”, analisa o pesquisador da UFG (Universidade Federal de Goiás) e integrante do projeto MapBiomas, Vinícius Vieira Mesquita.

Área amarela representa área destinada à pastagem em Mato Grosso do Sul

A mudança no perfil econômico se dá, principalmente, pela dificuldade de manejo dessas áreas de pastagens. “Com isso, áreas agrícolas e de silvicultura passam em cima dela, por ser mais lucrativo e estável. A área de pastagem, dependendo, é muito difícil de manejo, com terra arenosa, então, é bem complicado”, avalia o pesquisador.

Dessa forma, o especialista explica que o cultivo de culturas como algodão, soja e milho acabam sendo mais lucrativas. “O desenvolvimento de novas tecnologias possibilitou colocar soja e algodão em solo arenoso e isso ampliou os horizontes do que pode aproveitar de área”, explica Mesquita.

Silvicultura foi o uso do solo de MS que mais cresceu nos últimos 36 anos

Outros resultados

Conforme divulgado pelo Mapbiomas, em todo o país, o principal uso do solo ainda é a pastagem: ela ocupa 154 milhões de hectares de norte a sul
do país, com presença em todos os seis biomas. Essa área praticamente equivale a todo o Estado do Amazonas, que tem 156 milhões de hectares

A análise das imagens de satélite entre 1985 e 2020 permitiu também avaliar a qualidade das pastagens brasileiras e constatar uma queda nas áreas com sinais de degradação de 70% em 2000 para 53% em 2020.

Essa melhora foi identificada em todos os biomas, sendo que os que apresentaram maior retração nas áreas severamente degradadas foram Amazônia (60%), Cerrado (56,4%), Mata Atlântica (52%) e Pantanal (25,6%).

“As pastagens degradadas agravam a contribuição do setor agropecuário para as emissões dos gases que estão alterando o clima, com efeitos perversos sobre a própria atividade agropecuária”, explica Laerte Ferreira, professor e pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de Goiás e coordenador do levantamento de pastagens do MapBiomas.

Informações do site Midiamax

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Jacaré ataca cadela na Lagoa Maior e moradores temem risco a crianças

Ataque ocorreu na sexta-feira (4); protetoras resgataram cadela e pedem ação imediata das autoridades Um jacaré atacou uma cadelinha nas margens da Lagoa Maior, em...

Suzano abre vagas exclusivas para pessoas com deficiência em Três Lagoas e Brasilândia

A empresa Suzano, referência global na produção de celulose, está com inscrições abertas para cinco vagas exclusivas para pessoas com deficiência (PCDs) nos municípios...

Câmara Municipal adia sessão ordinária em respeito ao falecimento da ex-vereadora Marlene Martinho

A Câmara Municipal de Três Lagoas informou que a sessão ordinária prevista para esta terça-feira (8) foi adiada para quarta-feira (9), às 8h, em...