15.7 C
Três Lagoas
segunda-feira, 21 de julho, 2025

Mãe e filha são presas em MT por não combaterem focos do Aedes aegypti

03/03/2016 – Atualizado em 03/03/2016

Depois de ser multada, uma delas xingou os agentes de fiscalização. As duas viraram rés na Justiça e vão responder pelo crime de epidemia.

Por: G1

Mãe e filha foram presas na manhã desta quinta-feira (3) em Aripuanã, distante 976 km de Cuiabá, por não terem limpado o quintal de casa para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e vírus da zika. No local, havia uma caixa d’água com buraco na tampa, recipientes que acumulam água e uma fossa aberta.

As prisões preventivas foram decretadas a pedido do Ministério Público do Estado e não têm prazo determinado para terminar.

A prisão preventiva é considerada medida cautelar para evitar que o réu cometa novos crimes ou que, caso fique em liberdade, fuja ou atrapalhe a coleta de provas. A Justiça também aceitou denúncia contra as duas, que vão responder pelo crime de epidemia, relacionado à saúde pública.

O município onde elas moram tem pouco mais de 20,6 mil habitantes e, em fevereiro deste ano, a prefeitura de Aripuanã decretou situação de emergência por causa da epidemia de dengue e em função da introdução dos vírus que causam zika e a febre chikungunya.

Segundo dados da Vigilância Epidemiológica da cidade, em 2016 foram notificados 397 casos suspeitos de dengue, sendo 36 confirmados, e 60 casos suspeitos de vírus da zika.

De acordo com a denúncia do MPE, no dia 8 de outubro de 2015 agentes das vigilâncias Sanitária e Ambiental do município foram até a casa das acusadas, no bairro Cidade Alta, para fazer uma fiscalização. Lá, encontraram diversos focos do mosquito no quintal, o que provocou notificação e multa.

Depois de ter sido multada e notificada, a mãe agrediu as agentes com palavrões, e vai responder também na Justiça por esse crime. Após o episódio, a filha dela chegou a ir à sede da Promotoria de Justiça do município, disse estar ciente do problema e se comprometeu a tomar as medidas necessárias para combater o mosquito, o que não aconteceu.

A Justiça da Comarca de Aripuanã entendeu que as prisões das duas eram necessárias por causa da gravidade da epidemia na cidade e pela insistência das duas acusadas em não tomarem providências em relação ao terreno.

As acusadas foram presas e deverão ser levadas para a cadeia pública de Aripuanã, já que o município não tem presídio feminino, informou o delegado Vinicius Nazário. As duas deverão ficar numa cela especial que está desocupada.

Terreno da casa onde vivem mãe e filha tinha recipientesque acumulam água. (Foto: Divulgação/Vigilância Sanitária)

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Três Lagoas se despede de Joana Preta, ícone da política e das causas sociais

Em Três Lagoas, a cidade lamenta a morte de Joana Maria, a Joana Preta, figura marcante da política e das causas sociais nas décadas...

Casa do Trabalhador de Três Lagoas tem 241 vagas abertas nesta segunda (21)

Oportunidades são oferecidas em parceria com a Funtrab e contemplam diversas áreas; atendimento vai das 7h às 17h A Casa do Trabalhador de Três Lagoas,...

Bolsa Família paga nova parcela nesta segunda para NIS final 2

Com valor médio de R$ 671, programa atende 19,6 milhões de famílias em julho; Auxílio Gás retorna apenas em agosto A Caixa Econômica Federal realiza...