15/06/2014 – Atualizado em 15/06/2014
Por: G1 / Correio do Estado
Para quem não vai aos estádios, resta assistir à Copa do Mundo pela televisão. E além das vendas do aparelho no varejo, cresceram também os leilões neste início de ano. Segundo a Sold Leilões, empresa que faz esse tipo de venda pela internet, diretamente para o consumidor final, a alta foi de cerca de 40%. Também houve aumento de aproximadamente 60% na quantidade de pessoas cadastradas para participar de leilões da categoria.
As vendas de TVs no país subiram 46,2% no 1º trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a consultoria Gfk. A expectativa é que o 2º trimestre tenha mantido esse ritmo, que é reflexo do mundial. Com isso, 60% das vendas serão feitas no 1º semestre, o oposto do que ocorre nos anos sem Copa.
O Brasil se prepara para o evento, e a maior parte das vendas ocorre antes dos jogos, diferente de outros países, em que as compras acompanham a evolução da seleção no campeonato.
Nos leilões, a busca maior não influencia no preço dos equipamentos, que costumam sair entre 20% e 30% mais baratos do que na loja e são pagos à vista. O valor arrematado tem de ser pago à vista e não há garantia da qualidade do produto, então o investimento é arriscado.
Há ofertas de TVs novas e usadas. As leiloadas pela Sold vêm de apartamentos dos showrooms de construtoras, empresas que estão mudando ou remodelando os escritórios ou de lojas que tiveram de trocar aparelhos vendidos pela internet.
Os aparelhos recebem cerca de 40 lances antes de serem arrematados, sendo de R$ 200 o primeiro e de R$ 20 o incremento mínimo entre eles, diz a empresa. Diferente dos leilões de centavos, em que o consumidor compra um pacote de lances, na Sold só paga quem arremata. A empresa é de leiloeiros oficiais, que são cadastrados na Junta Comercial.
O movimento extra é comum em anos de Copa, diz o co-fundador da Sold, Henri Zylberstajn. “O crescimento nos leilões de TVs também aconteceu em 2010. Éramos menores que hoje, mas já deu para ver que há relação com a Copa do Mundo”, diz. O melhor mês foi o de março, já que dali em diante os leilões passaram a sofrer a concorrência das promoções de lojas.
Entre os motivos da alta, Henri diz que as pessoas querem TVs maiores em casa para ver o jogo e empresas querem garantir que os funcionários assistam às partidas mesmo que não sejam dispensados do trabalho. Como exemplo, ele cita a própria Sold, que arrematou três TVs em leilão para a equipe de 95 funcionários.
Na categoria de eletro, 80% das compras são feitas por pessoas físicas e 20% por empresas ou pessoas que vão fazer negócio com as peças ou revender. Segundo Henri, a maioria das TVs é moderna, até porque é cada vez mais raro achar a de tubo.
Com calor acima do normal no início do ano, a empresa também viu os leilões de ar-condicionado crescerem por volta de 50%.
