Certame da ANEEL e CCEE viabilizou 65 usinas em 13 estados, com investimentos de R$ 5,4 bilhões em MS
O Leilão de Energia Nova A-5 de 2025, realizado nesta sexta-feira (22) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), viabilizou a construção de 65 usinas hidrelétricas em 13 estados brasileiros, entre elas duas em Mato Grosso do Sul.
No Estado, os projetos contemplam uma Central Geradora Hidrelétrica (CGH) em Chapadão do Sul (Indaiá) e uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Paraíso das Águas (Fundãozinho), somando 25 MW de potência contratada e cerca de R$ 28,4 milhões em investimentos.
Ao todo, o leilão garantiu 815,5 MW em novos contratos de geração, com entrega prevista até janeiro de 2030 e vigência de 20 anos. O investimento total nas obras em todo o Brasil chega a R$ 5,4 bilhões, com expectativa de economia de R$ 864,8 milhões nas contas de energia dos consumidores devido ao preço médio negociado de R$ 392,84/MWh, com deságio de 3,16% em relação ao teto.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o certame foi um “extremo sucesso”. Ele destacou que as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) representam uma alternativa energética de menor impacto ambiental, além de complementar fontes renováveis intermitentes como a solar e a eólica. “Essas usinas estão espalhadas pelo território nacional, o que reduz a necessidade de grandes corredores de transmissão e ainda impulsiona a indústria e a siderurgia”, afirmou.
Silveira ressaltou ainda os impactos sociais e econômicos, como o aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos municípios que recebem hidrelétricas, geração de empregos diretos e indiretos, abastecimento de água para agricultura familiar e até potencial turístico. Com o resultado, o Mato Grosso do Sul entra no mapa das novas hidrelétricas previstas no país, fortalecendo sua matriz energética e abrindo espaço para desenvolvimento regional.