Internacional – 29/12/2012 – 10:12
Uma menina indiana de 17 anos vítima de um estupro coletivo se suicidou depois que a polícia a pressionou a abandonar o caso e se casar com um de seus agressores, informou a polícia e parentes nesta quinta-feira (27).
Em meio a mobilizações sobre o estupro coletivo de uma estudante em um ônibus em Nova Délhi no começo desse mês, este caso colocou novamente em evidência o modo como a polícia lida com crimes sexuais.
Um policial foi demitido e outro suspenso pela conduta depois do ataque durante o festival de Diwali, no dia 13 de novembro, na região de Patiala no Punjab, de acordo com oficiais.
Manifestantes protestam em Nova Délhi após o estupro coletivo de uma jovem indiana em um ônibus em movimento. O caso tem gerado revolta no país. (Foto: Altaf Qadri/AP)Manifestantes protestam em Nova Délhi após o estupro coletivo de uma jovem indiana em um ônibus em movimento. O caso tem gerado revolta no país. (Foto: Altaf Qadri/AP)
A adolescente foi encontrada morta na noite de quarta-feira (26), após ingerir veneno.
O inspetor-geral, Paramjit Singh Gill, disse que a adolescente “ficou andando de um lado para o outro para que seu caso fosse registrado”, mas os policiais não abriram um inquérito formal.
“Um dos policiais tentou convencê-la a retirar a queixa”, Gill, chefe policial da área, disse à AFP.
Antes de sua morte, não houve prisões sobre seu caso, apesar de três pessoas terem sido detidas na quinta. Duas delas eram os supostos estupradores e uma terceira era uma mulher suspeita de ser cúmplice.
A irmã da vítima contou à rede de televisão indiana “NDTV” que propuseram à adolescente aceitar uma quantia em dinheiro como acordo ou se casar com um de seus agressores.
A Pess Trust of India também relatou que um policial foi suspenso por supostamente se negar a registrar uma queixa de estupro no estado de Chhattisgar (norte).
A irmã da vítima levou o caso ao oficial local de maior patente e foi iniciada uma busca por seu agressor, um condutor de riquixá.
Fonte: G1


