16/05/2014 – Atualizado em 16/05/2014
Por: Folha da Região
Ronaldo Eugênio de Souza, 24 anos, foi condenado a 18 anos e oito meses de prisão pela morte da ex-namorada, a adolescente Maria Taise Araújo Gomes, em júri popular realizado nesta quinta-feira (15), no Fórum da Justiça Estadual de Guararapes. O Ministério Público, representado pelo promotor Adelmo Pinho, conseguiu a condenação por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O julgamento teve início por volta das 9h e a sentença foi proferida pelo juiz Lucas Borges Dias no início da tarde. O condenado teve a defesa feita pelo advogado Itamar Francisco Taveira de Souza.
O crime aconteceu na noite de 11 de outubro de 2012, na parte da frente da casa da vítima, no bairro Francisco Antonioli. A adolescente, que tinha 17 anos, foi morta com dois tiros na cabeça. Na época, os pais da menina revelaram que Souza a estava ameaçando e havia um boletim de ocorrência registrado contra ele menos de uma semana antes do crime. Na casa dele, a polícia encontrou um coldre, espécie de bolsa para acondicionar um revólver.
O réu teve a prisão decretada pela Justiça de Guararapes em 21 de outubro de 2012 e foi preso em Campinas, no dia 17 de dezembro daquele ano. Ele foi abordado durante uma fiscalização de trânsito e portava a carteira de habilitação em nome de outra pessoa, por isso, foi preso por uso de documento falso.
VÍDEO
Segundo o promotor, durante o julgamento foi apresentado um DVD com imagens gravadas no local do crime que mostram os últimos momentos de vida da vítima. Ainda de acordo com Pinho, o padrasto da menina revelou ter visto o réu deixar o local calmamente após os disparos.
Souza confessou o crime, entretanto, alegou ter agido sob violenta emoção, pois teria sido informado naquele momento por Maria Taise que ela estava em outro relacionamento. Na versão dele, o casal ainda estava junto quando ele soube da notícia.
PREMEDITADO
O advogado de defesa tentou desqualificar o crime. Porém, o promotor informa que familiares revelaram que o casal já havia encerrado o relacionamento e que o réu tinha atentado contra a vida da adolescente outras duas vezes. Na última tentativa, oito dias antes de assassiná-la, ele tentou enforcá-la.
Pinho aprovou a sentença e não pretende recorrer para aumentá-la. Já o advogado Itamar Souza informou que entrará em contato com a família do réu para definir qual providência será adotada.
