Débora Sögur Hous, que descobriu esquema de desvios na UFPR, comentou a publicação de Hang com críticas à “doutrinação comunista com dinheiro do povo” das universidades federais, chamando o empresário de “desonesto” por “promover a desinformação com o tuíte”
13/05/2019 10h20
Por: Mirela Coelho
BRASIL – Linha de frente na defesa das políticas de Jair Bolsonaro, o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, tomou uma invertida no Twitter ao compartilhar reportagem sobre desvios de bolsas na Universidade Federal do Paraná (UFPR) com críticas à “doutrinação comunista com dinheiro do povo”, segundo ele o “maior problema de nosso país”.
A reportagem, de 2017, cita a jornalista Débora Sögur Hous, que descobriu enquanto era estudante de jornalismo da UFPR um esquema de desvio de dinheiro em ofertas de bolas de estudos na universidade. A jornalista comentou a publicação de Hang em três tuítes sequenciais, em que chama o empresário de “desonesto” por “promover a desinformação com o tuíte”.
“O senhor é desonesto e promove a desinformação com o tuíte. Os desvios foram feitos por funcionárias q podiam ser qualquer coisa, menos comunistas. Em fevereiro, 13 pessoas foram condenadas pelos desvios. ALGUMAS DELAS NUNCA PISARAM EM UMA UNIVERSIDADE”, tuitou Débora.
No primeiro comentário, ela diz que é a “moça que está no foto da reportagem” e ressalta que, depois da matéria, foi contratada pela Folha de S.Paulo “trabalhando duro na editoria de política da Folha de S.Paulo, principalmente durante as eleições, em que a @Folha fez um belíssimo trabalho”.
Durante as eleições, a Folha revelou um esquema de financiamento de fake news pró Bolsonaro financiando por empresários, entre eles, Luciano Hang, da Havan.
Leia a sequência de tuítes.
Da Redação com informação do FORUM

