06/07/2016 – Atualizado em 06/07/2016
Deputado tem pedido esclarecimento sobre o assunto e já protocolou a denúncia em órgãos fiscalizadores
Por: Assessoria de Imprensa
O deputado estadual Coronel David (PSC) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (06) para salientar que, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou em petição que, as investigações feitas pela Polícia Federal (PF) mostram indícios de que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), e outros parlamentares “faziam o papel de ‘lobistas’ do esquema” suspeito de ter fraudado fundos de previdência de servidores de diversas prefeituras, conforme informações da matéria publicada no dia de hoje pela Folha de São Paulo.
“Na mesma matéria, cita que, ‘os trâmites foram feitos com um dos principais doleiros de Brasília, Fayed Antoine Traboulsi’, onde apontou irregularidades em negócios fechados com os institutos de Campo Grande (MS) e Aparecida de Goiânia (GO)”, disse o deputado Coronel David e acrescentou que, “ambos os prefeitos foram procurados para comentar sobre o assunto. O prefeito de Aparecida de Goiânia informou ‘que não tem ligação com os fatos’. Já o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), não foi localizado”.
Entretanto, o deputado estadual lembrou que, o assunto já havia vindo à tona na semana passada, quando levou o fato ao Ministério Público Estadual (MPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Câmara Municipal. “Ele não respondeu as alegações, nem pra mim, nem a Folha de São Paulo e nem aos servidores públicos municipais. Porém, uma nota foi publicada no Diário de Campo Grande (Diogrande) de número 4.606, pelo diretor-presidente do Instituto Municipal da Previdência de Campo Grande (IMPCG), Ricardo Trefzger Ballock, que negou qualquer tipo de ligação”, afirmou o Coronel David.
No Diogrande Extra consta que, “sobre a notícia veiculada, esclarecemos que em 30 de abril de 2016, o saldo financeiro importava em R$ 18.006.248,15, que corresponde à soma do valor de R$ 874.552,19, depositados em conta movimento, com o valor de R$ 17.131.695,96, depositados em aplicações financeiras. Desse modo, tal notícia não carece de crédito por parte da população, em especial, aos servidores municipais, uma vez que omitiu propositadamente, a importância depositada em fundos de investimentos. Esclarecemos que o IMPCG nunca adquiriu cotas de fundos de investimentos vinculadas aos fundos do Doleiro Fayed Traboulsi e que as operações financeiras dos fundos de previdência são realizadas de acordo com normas emitidas pelo Banco Central para os Regimes Próprios de Previdência Social e ainda são, sistematicamente, auditadas e monitoradas pelo Ministério da Fazenda, da Receita Federal, do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, não tendo sido identificado nenhum tipo de irregularidade nos atos praticados”.
“Os valores dos sites oficiais de Campo Grande são divergentes aos valores da nota do IMPCG. Uma vez que no Diogrande de número 4.579 consta o valor de de R$ 874.552,19, sendo que no dia 31 de dezembro de 2015 o valor em caixa era de R$ 11.497.497,09. O que buscamos é entender onde está o dinheiro da previdência dos servidores municipais e que ele possa voltar a quem é de direito”, concluiu o Coronel David.