Internacional – 23/04/2012 – 11:04
JERUSALÉM, 23 Abr (Reuters) – Tentando evitar mais estragos nas suas relações com o Egito, o governo israelense atribuiu nesta segunda-feira a uma disputa empresarial – e não a uma crise diplomática – a suspensão no fornecimento de gás natural do Egito para Israel.
O chanceler Avigdor Lieberman admitiu a rádios israelenses que a suspensão “não é um bom sinal”, mas acrescentou: “Queremos entender isso como uma disputa comercial. Acho que transformar uma disputa empresarial em uma disputa diplomática seria um erro”.
De acordo com ele, Israel tem interesse em manter o tratado de paz. “Achamos que isso seja também do interesse supremo do Egito”, afirmou.
A empresa egípcia Egas confirmou no domingo o cancelamento de um contrato de abastecimento que vigorou durante 20 anos, e pelo qual o Egito fornecia 40 por cento do gás natural usado em Israel.
O presidente da Egas, Mohamed Shoeib, disse à TV Hayat que a causa não foi política, e sim “porque a outra parte não cumpriu seus compromissos”.
O Egito foi o primeiro país árabe a selar a paz com Israel, em 1979. As relações bilaterais estão abaladas desde a rebelião popular do começo de 2011 que derrubou o presidente Hosni Mubarak.
Por causa de constantes sabotagens no gasoduto que passa pela desértica península do Sinai, Israel já havia alertado para o risco de desabastecimento energético no próximo verão.
(Reportagem adicional de Dina Zayed no Cairo e Ari Rabinovitch em Jerusalém)
Copyright Thomson Reuters 2011
Fonte: R7/Reuters