05/10/2015 – Atualizado em 05/10/2015
Por: Ana Carolina Kozara com fotos de Rádio Caçula
A apresentadora Toninha Campos entrevistou em seu programa na manhã desta segunda-feira (5) os irmãos Divino Sampaio dos Santos e Rita de Cássia Sampaio dos Santos que estão sofrendo represarias da fiscalização do camelódromo que alega que a dupla invadiu uma loja do centro de comércio popular.
Divino nos conta que ele e a irmã foram criados dentro do camelódromo e que estavam trabalhando no Box 37 há alguns meses quando a proprietária, Rosa, propôs aos irmãos que comprassem as mercadorias da loja e passassem a trabalhar no local para ela.
Rita e Divino depois de muito conversarem decidiram aceitar a proposta e conseguiram um empréstimo de R$8mil para fazer a compra dos produtos e assim passar a vende-los o local.
Os irmãos contam que após um tempo que estavam trabalhando, o fiscal foi até a loja e informou que eles deveriam retirar toda a mercadoria da loja e dar entrada em um processo de licitação e só após a liberação da documentação poderiam atuar no local. Divino nos conta que o fiscal ainda lhe disse que ele nem poderia estar trabalhando no estabelecimento pois tinha passagem pela policia e o regulamento interno restringe a atuação de pessoas com esta característica no camelódromo.
A equipe de reportagem entrou em contato com a antiga presidente do camelódromo que afirmou que no Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado no ano de 2009 pela administração pública, não possui nenhum termo que restringe o trabalho de pessoas com ficha criminal.
Divino nos conta que cumpriu sua pena e esta em dia com a justiça do país e agora esta buscando estruturar sua vida e trabalhar de forma honesta para sustentar sua família que depende do seu trabalho.
Os irmãos ainda denunciam a discriminação e a diferença no tratamento dos lojistas já que existem casos recentes de pessoas que passaram a trabalhar nas lojas e que não passaram pelo processo de licitação que o fiscal cobra de Divino e Rita.
Divino disse que se existe uma determinação esta deve ser cumprida por todas as pessoas para que não haja questionamento, pois a partir do momento que se abre uma exceção as outras pessoas também tem o direito de usufruir do mesmo direito.
Os irmãos ainda nos contam que o Camelódromo é uma terra sem lei onde manda quem tem mais poder, Inclusive Divino nos conta que existe a determinação de que os comerciantes não podem vender as lojas e mas que tem um caso que o espaço foi vendido pelo valor R$ 80 mil e a fiscalização faz vista grossa.
Divino nos conta que o fiscal alega que os irmãos invadiram a loja o que é mentira, pois a proprietária do estabelecimento cedeu o espaço para que os irmãos trabalhassem e sumiu.
Os lojistas ainda disseram durante entrevista que o fiscal passou a espalhar a informação da invasão para alguns veículos de comunicação da cidade que veicularam a noticia sem ao menos entraram em contato com a família.
Para tentar sensibilizar as autoridades, os irmãos fizeram um abaixo assinado que foi aderido por diversos lojistas do camelódromo que estão ao seu favor para que a família continue trabalhando no local.
Durante a entrevista, divino disse que suspeita de irregularidade na fiscalização e acredita que as lojas que são liberadas para atuar sem passar pelo processo de licitação, conseguem este beneficio com o pagamento de propina e em casos como o dele que não tem condições de fazer este tipo de negociação a fiscalização quer agir dentro das normas.
O processo regular l para conseguir uma loja é passar por um processo de licitação e após a aprovação o comerciante deve pagar uma taca e retirar o contrato que da direito a um período determinado de atuação no camelódromo, Divino nos conta que hoje existe 10 lojas lacradas aguardando o processo de liberação que corre a passos lentos.
Os irmãos esperam que os fiscais se sensibilizem com o caso e permitam que eles continuem a trabalhar no local enquanto o processo de licitação corre.
