A família ainda se recupera de duas recentes perdas. Há 30 dias, o avô paterno morreu e, na semana passada, o tio. Quando soube da morte do irmão, não acreditou. “Achei que era brincadeira; cheguei transtornado, não me deixaram entrar”.
12/01/2021 11h35
Por: Paulo Renato
Campo Grande (MS) – O técnico de refrigeração, Leonardo Alves, 26 anos, saiu com o pisca alerta do carro ligado, transtornado, quando soube da morte do irmão, José Eduardo Alves Gonçalves Rosa, 15 anos, encontrado dentro do freezer, no quintal da avó materna, em Campo Grande. “Achei que era brincadeira”.
José Eduardo estava sendo procurado pela família desde início da manhã de segunda-feira (11), quando faltou ao compromisso com o irmão, com quem trabalhava, fazendo bico.
“Achei estranho, senti falta dele desde cedo, liguei para todo mundo e ninguém sabia”, conta o rapaz. Leonardo pediu ajuda para o primo, Carlos Magno Gonçalves Rodrigues, 20 anos.
No boletim de ocorrência, consta, preliminarmente, que não havia sinais evidente de violência.No quintal, várias cadeiras dispostas em círculo, o que indicava que o adolescente não esteve sozinho. Leonardo lembra que o irmão havia pedido o narguilé para usar com alguém. “Só não sei com quem”.
Segundo relato da família à reportagem, os vizinhos ouviram vozes na manhã de ontem, mas acreditam que o adolescente já estava morto neste período, por conta do estado do corpo. Além das cadeiras dispostas em círculo, também viram mangueira jogada no quintal, que poderia ter sido usada para lavar o local.




