20.2 C
Três Lagoas
quinta-feira, 3 de julho, 2025

Internações relacionadas à falta de saneamento chegam a 344 mil no Brasil em 2024

Brasil registrou mais de 344 mil internações em 2024 devido a doenças associadas à falta de saneamento ambiental, de acordo com pesquisa do Instituto Trata Brasil divulgada nesta quarta-feira (19). Destas, 168,7 mil são causadas por infecções transmitidas por insetos, como a dengue, enquanto 163,8 mil referem-se a doenças de transmissão feco-oral, como as gastroenterites.

Apesar do número elevado, que representa cerca de 950 internações diárias, os dados indicam uma queda média de 3,6% por ano desde 2008. A situação, no entanto, é mais crítica em algumas regiões, com destaque para a Região Centro-Oeste, que teve a maior taxa de internações devido ao surto de dengue em 2024, e a Região Norte, onde a taxa de doenças feco-orais foi o dobro da média nacional.

Os estados mais afetados foram Amapá e Rondônia, com as maiores taxas de internação por doenças relacionadas ao saneamento. O Maranhão, no Nordeste, registrou a taxa mais alta do país para doenças feco-orais, com 42,5 internações a cada 10 mil habitantes, seis vezes a média nacional.

Essas doenças têm relação direta com a falta de saneamento básico, que facilita a transmissão de vírus, bactérias e parasitas, principalmente por meio de água e alimentos contaminados. O Instituto Trata Brasil aponta que as populações mais afetadas são as de menor poder aquisitivo, com 64,8% das internações em 2024 sendo de pessoas negras ou pardas. Além disso, crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis, representando 43,5% das internações.

O estudo também revela que a melhoria do acesso à água tratada e ao saneamento básico poderia reduzir em quase 70% as internações no país, resultando em uma economia anual de R$ 43,9 milhões.

Em relação à mortalidade, em 2023, 11.544 óbitos foram registrados devido a doenças relacionadas ao saneamento, sendo a maioria (5.673) por infecções feco-orais. Embora a taxa de mortalidade tenha caído desde 2008, o número permanece estagnado em muitos municípios, com 1.748 cidades apresentando aumento na mortalidade.

Os idosos representam a maior parte das mortes, com 76% dos óbitos registrados. A taxa de mortalidade entre os indígenas é quatro vezes superior à da população geral, embora o número absoluto de óbitos seja menor.

Com informações Agência Brasil

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Três Lagoas garante verba do Mercosul; US$ 16 milhões será dividido com outro município

Município será beneficiado com financiamento não reembolsável do Focem, assinado em cerimônia com presença de Lula na Argentina Três Lagoas foi incluída entre os municípios...

Três Lagoas desperta interesse internacional com modelo de desenvolvimento industrial

Comitiva liderada por representante da ONU, visita o município para conhecer estratégias de expansão econômica e implantação do polo de celulose Na manhã desta quarta-feira...

Motociclista sofre fraturas após sair repentinamente de residência e ser atingido por carro

Acidente mobiliza Corpo de Bombeiros e interdita via movimentada de Três Lagoas no início da noite desta quarta-feira.