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Inpe lamenta acidente na estação antártica brasileira

Geral – 27/02/2012 – 17:02

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgou uma nota oficial na tarde desta segunda-feira (27) lamentando o acidente na Estação Antártica Comandante Ferraz e se solidarizando com os familiares dos militares que morreram.

O incêndio ocorreu na madrugada do último domingo (25), na Estação Antártica Comandante Ferraz, base brasileira na Antártida. O fogo começou no compartimento de geradores de energia e se alastrou para outras instalações, matando o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e ferindo outro militar.

No momento do acidente, dois profissionais do Inpe estavam na estação: José Roberto Chagas, da Divisão de Geofísica Espacial, e José Valentin Bageston, da Divisão de Aeronomia.

  • Eles estavam na Antártica desde o dia 10 de fevereiro e tinham retorno previsto para o início de março. Eles estão bem e desembarcaram no Rio de Janeiro na madrugada desta segunda-feira, com o grupo trazido de Punta Arenas, Chile, em avião da FAB (Força Aérea Brasileira). Ainda hoje ambos devem chegar a São José dos Campos.

Na nota divulgada, nenhum dos laboratórios do Inpe foi atingido pelo incêndio. Os dois mais próximos da estação são os módulos de Ozônio e o Meteoro. Já o módulo Ionosfera fica a aproximadamente 300 metros da estação, enquanto o módulo da Alta Atmosfera, onde estão um radar e instrumentos ópticos, está a cerca de um quilômetro de distância.

  • Estavam em andamento atividades que preparam as instalações para enfrentar o próximo inverno. Com o acidente, não foi possível tomar nenhuma ação para proteger os equipamentos. Os pesquisadores agora avaliam o retorno à Ferraz para evitar danos à instrumentação, que está sem energia, e dar prosseguimento aos projetos de pesquisas.

Projetos

O Inpe possui três projetos na estação antártica. O primeiro é denominado “A Atmosfera Antártica e Conexões com a América do Sul”. Ele mantém atividades vinculadas à Alta Atmosfera Neutra, ao Monitoramento da Ionosfera, Ozônio e Radiação UV, à Meteorologia e aos Gases Minoritários.

O segundo é o “ATMANTAR”, que reúne ações em continuidade aos projetos do Ano Polar Internacional. O terceiro é chamado “Monitoramento da alta atmosfera na região Antártica e na América do Sul”.

  • O INPE conduz pesquisas na região desde o início do Programa Antártico Brasileiro, há 30 anos, com estudos sobre a dinâmica da atmosfera, a camada de ozônio, meteorologia, gases do efeito estufa, a radiação ultravioleta, a relação sol-terra, o transporte de poluição, oceanografia e interação oceano-atmosfera.

Sobreviventes

O voo com 41 brasileiros que estavam na base da Marinha na Antártida no momento do incêndio chegaram na madrugada desta segunda-feira (27) no Rio de Janeiro. A equipe que desembarcou é formada por 26 pesquisadores, 12 operários do arsenal da Marinha, um alpinista, um funcionário do Ministério do Meio Ambiente e um militar ferido.

O sargento da Marinha Luciano Gomes Medeiros desembarcou em cadeira de rodas, com as mãos enfaixadas e com um curativo no nariz. Ele foi transferido de ambulância para o Hospital Naval Marcílio Dias.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Marinha, o almirante de esquadra Júlio Soares de Moura Neto estiveram na pista da Base Aérea do Galeão para acompanhar a chegada dos brasileiros. Segundo Amorim, os corpos do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que estão na base chilena Eduardo Frei, devem chegar ao Rio na terça-feira (28).

70% destruído

A aeronave partiu na tarde deste domingo (26) de Punta Arenas, no Chile, para onde os 45 sobreviventes haviam sido levados por uma aeronave argentina. O avião fez uma escala em Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde quatro pesquisadores brasileiros desembarcaram.

Segundo a Marinha, o chefe da estação e mais três integrantes do grupo já retornaram à base para uma avaliação inicial dos danos. De acordo com essa avaliação preliminar, aproximadamente 70% das instalações foram destruídas pelo fogo.

O prédio principal da base, onde ficavam a parte habitável e alguns laboratórios de pesquisas, foi completamente atingido pelo incêndio, tendo permanecidos intactos os refúgios (módulos isolados para casos de emergência), os laboratórios (de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera), os tanques de combustíveis e o heliponto da estação, que são estruturas isoladas do prédio principal.

Foram encontrados na tarde deste sábado (25, horário de Brasília) os corpos dos dois militares brasileiros que estavam desaparecidos após o incêndio.

A informação foi confirmada por uma nota do Ministério da Defesa, que informa que o ministro Celso Amorim ficou sabendo que os corpos foram encontrados pelo almirante de esquadra Júlio Soares de Moura Neto.

A Estação Antártica Comandante Ferraz completou 30 anos em janeiro deste ano. A estação brasileira foi instalada na Baía do Almirantado, localizada na Ilha Rei George, em1984. A partir de 1986, passou a ser ocupada anualmente por pesquisadores e militares da Marinha do Brasil, podendo acomodar até 58 pessoas. A estação tem laboratórios destinados às ciências biológicas, atmosféricas e químicas.

Fonte: R7

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