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segunda-feira, 15 de setembro, 2025

Impasse deixa indefinido futuro do “Casarão” construído no século XX

03/04/2014 – Atualizado em 03/04/2014

O herdeiro aceitou vender o “Casarão” por 1,4 milhão; prefeitura oferece R$ 800 mil

Por: Marco Campos

Em uma das áreas mais valorizadas do município, o antigo “Casarão” construído no coração de Três Lagoas na década de 10, em 1914, parece ainda não ter seu futuro definido. Por enquanto, a antiga construção feita com traços e arquitetura antiga, tijolos grandes, elementos da art nouveau, terá um único e exclusivo morador, o sobrinho do antigo proprietário, o falecido cônsul, Teotônio Mendes.

A Rádio Caçula esteve na manhã desta quinta-feira (03) no antigo Consulado Português, construído na Rua Paranaíba, a menos de 30 metros das principais agências bancárias da cidade para tentar um contato com o sobrinho do primeiro morador, que ainda reside na casa. O morador não foi encontrado e a reportagem foi informada que o herdeiro do imóvel milionário estaria ausente da cidade por alguns dias.

“Ele está de viagem e saiu às 00h de hoje. Dentro de 15 dias estará de volta e então poderá passar todas as informações à imprensa, e sobre o trâmite que está sendo feito entre ele e a prefeitura para a venda desta casa para impedir sua demolição, como já começou a ser feito no terreno ao lado”, disse um vizinho.

Através dos porões, a reportagem conseguiu registrar duas fotos da parte interna da antiguidade e constatou que pichações e sujeira tomam conta do espaço, que conserva suas antiguidades nos acabamentos nos pisos e estilo arquitetônico singular na cidade.

Na época, os portugueses, quando chegavam aqui para trabalhar na estrada de ferro da antiga ferrovia, eram abrigados nele. O alojamento para os imigrantes ficava no porão. Todos os trâmites legais eram resolvidos ali, como estadia, certificado de identidade, carta de chamada e outros documentos comuns.

Trabalhadores que ficam ao lado da antiguidade temem que uma demolição ocorra no espaço e acabe com as poucas lembranças da época que ainda existe em Três Lagoas. “Não empurrem com a barriga o que rapidamente deve ser feito com as mãos. Salvem o casarão do Consulado Português da demolição e abandono. Pela preservação da nossa história, do nosso passado e do nosso futuro”, desabafa o entrevistado.

NEGOCIAÇÃO AINDA NÃO TEVE ACORDO

Conforme foi apurado pela reportagem da Rádio Caçula, um herdeiro do iomóvel aceitou vender o prédio ao município pela quantia de R$ 1,4 milhão, e em contra partida, a Prefeitura Municipal de Três Lagoas já ofereceu R$ 800 mil.

Conforme fontes, o Poder Executivo não vai injetar dinheiro no antigo consulado por não ser um bem público e sim privado.

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