Rapper segue na UTI após hemodiálise e está internado na UTI por ingestão de álcool adulterado
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou nesta quinta-feira (2) que o rapper Hungria Hip Hop foi diagnosticado com intoxicação por metanol. O cantor, de 34 anos, foi internado às pressas no Hospital DF Star, em Brasília, pela manhã, com sintomas compatíveis com o consumo da substância.
Durante coletiva de imprensa, Padilha informou que exames laboratoriais confirmaram a presença de metanol no organismo do artista:
“Com o fato de estar em Brasília, nossa equipe acompanhou desde o início da internação. Já temos a confirmação.”
SINTOMAS
Segundo boletim médico, Hungria apresentou cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica. Ele permanece em observação, sendo monitorado por equipe especializada com suporte de terapia intensiva.
O pai do rapper, Manoel Neves, tranquilizou os fãs:
“Ele agora está bem, longe do perigo.”
INVESTIGAÇÃO
De acordo com familiares, Hungria teria consumido bebida alcoólica na casa de amigos, em Vicente Pires (DF). A suspeita é que uma garrafa de vodca comprada em distribuidora da região tenha sido adulterada com metanol.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) já instaurou inquérito para apurar a origem da possível contaminação. Pessoas próximas ao cantor já prestaram depoimento.
NÚMEROS
O ministro da Saúde também atualizou os dados sobre a intoxicação por metanol no Brasil. Até o momento, são:
- 59 casos notificados,
- 15 confirmados por laudo laboratorial,
- Com registros em três estados:
- São Paulo (9 casos)
- Pernambuco (5 casos)
- Distrito Federal (1 caso, de Hungria)
Em São Paulo, uma morte foi confirmada e outras cinco continuam sob investigação.
RISCO
O metanol é uma substância altamente tóxica, de uso industrial, presente em solventes e combustíveis. Quando ingerido, atinge rapidamente o fígado, que o transforma em compostos capazes de causar cegueira, coma e até morte. Também compromete o sistema nervoso, os rins e os pulmões.
Casos recentes, como o de Hungria, reforçam o alerta sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, especialmente adquiridas em pontos informais ou sem controle de qualidade.
Com informações Metrópoles