02/08/2016 – Atualizado em 02/08/2016
Caso foi elucidado pelo SIG
Por: Ana Carolina Kozara com fotos de Rádio Caçula
Depois de gastar R$1200 durante uma noite de farra em um prostíbulo de Três Lagoas, um homem de 33 anos, tentando despistar sua esposa, fingiu que foi vitima de um assalto, mas a farsa foi descoberta pelos investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais).
A “vitima” acionou a Polícia Militar na noite de domingo (24) informando que estava caminhando pela pista de saúde da Lagoa Maior e em determinado ponto, avistou dois homens impedindo a passagem de pedestres, sendo que quando tentou passar pela dupla, um dos assaltantes se dirigiu a vítima pedindo uma informação, momento este que o comparsa se aproximou por trás e retirou a carteira do bolso do homem.
O homem disse que quando percebeu que estava sendo roubado, tentou impedir que o bandido retirasse a carteira de seu bolso e em resposta o assaltante empurrou a “vitima” e começou a espancá-la com uma barra de ferro, tortura esta que só parou no momento que um terceiro bandido chegou armado, dizendo “perdeu, perdeu”, foi quando o homem levantou os braços e o trio fugiu, seguindo em direção ao bairro Ipacaraí.
A Polícia Militar foi acionada e realizou diligências pela região, não conseguindo localizar nenhum dos autores.
No dia seguinte a vítima foi até a sede do Setor de Investigações Gerais (SIG) e a versão que deu sobre o crime levantou a suspeita dos policiais, pois as lesões que a “vitima” apresentava eram incompatíveis com as de uma pessoa espancada com uma barra de ferro, visto que possuía apenas alguns arranhões pelo corpo.
Ao consultar o extrato bancário, a esposa do homem verificou que haviam sido realizadas três transações distintas que totalizaram R$1200, e de acordo com o relato da “vítima” o banco se recusou a fornecer os dados dos estabelecimentos que o cartão fora utilizado.
A suposta negativa do banco em fornecer as informações levantou mais ainda a suspeita dos investigadores, que em contato com a instituição financeira receberam os dados de que o cartão foi utilizado em um prostíbulo da cidade.
Os investigadores foram até o estabelecimento e em contato com a proprietária da casa, foram informados que a “vitima” esteve recentemente no local e que na ocasião ingeriu muita bebida alcoólica e pagou drinks para as meninas que ali trabalham. A proprietária inclusive apresentou aos policiais fotos do homem abraçado com algumas jovens da casa.
Diante das provas apresentadas ao homem, identificado como F.S.M.C.G., o mesmo confessou que naquele dia brigou com a sua esposa e foi para o bar, onde gastou o dinheiro da poupança da família e com medo de descobrirem, inventou a o roubo.
O homem irá responder pelo crime de falsa comunicação de crime.
