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Greve de ônibus: mesmo com adesão da baixada, empresas tentam conciliação nesta sexta

Geral – 30/03/2012 – 11:03

Primeiro dia de paralisação dos rodoviários afetou cerca de 1,3 milhão de pessoas

O Sindicato dos Rodoviários de Niterói ganhou, na noite de quinta-feira (29), a adesão dos motoristas e cobradores dos municípios da Baixada Fluminense. Ao entrar no segundo dia da greve, no entanto, a Sindicato de Niterói irá se reunir em uma audiência de conciliação com o Setrerj (Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro), no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), às 13h desta sexta-feira (30). A greve dos motoristas e cobradores, que começou na quinta-feira (29), afetou cerca de 1,3 milhão de pessoas na região metropolitana do Rio.

Antes que um acordo fosse decidido entre os sindicatos patronal e rodoviário da região metropolitana, os motoristas da Baixada Fluminense resolveram pegar carona no movimento e também cruzaram os braços. De acordo com Joaquim Graciano da Silva, presidente do Sindicato dos Transportes Rodoviários de Nova Iguaçu, a greve na baixada estava marcada para ter início à meia-noite de sexta-feira (30), porém, os grevistas resolveram antecipar a paralisação.

  • Deveríamos começar a greve à meia-noite de forma organizada. Eles [os grevistas] me pediram para que os orientassem, mostrasse a eles os prós e contras. Mas não quiseram esperar, estavam irredutíveis e começaram a greve. Eu gostaria que a paralisação fosse feita de uma forma organizada, inclusive mostrei a eles a liminar que foi imposta para o movimento, mas eles estavam irredutíveis.

Caos nas cidades da região metropolitana:

A decisão da greve em Niterói, São Gonçalo, Tanguá, Itaboraí e Maricá foi tomada em assembleia na sede do sindicato, em Niterói, na quarta-feira (28). A Justiça determinou que 40% da frota deve circular. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 100 mil.

Por causa da greve, as empresas de ônibus foram obrigadas a colocar manobrista, instrutores e mecânicos para dirigir os coletivos. Segundo o superintendente do Setrerj, Marcio Barbosa, os “novos motoristas” são habilitados para a função.

  • Os motoristas internos são habilitados e têm carteira da categoria “D” [exigida para ônibus]. Ainda não conseguimos colocar os 40% da frota nas ruas. Muitos motoristas estão sendo apanhados em casa pelos carros [de passeio] da empresa.

Barbosa lembrou que os motoristas que não aderiram à greve estão trabalhando sem uniforme. De acordo com ele, a medida visa a evitar que os rodoviários não sofram represálias.

Rodoviários pedem aumento salarial de 16%

Os rodoviários decidiram parar a circulação de ônibus na madrugada desta quinta-feira (29). Eles pedem aumento salarial de 16%, o fim da dupla função (motoristas que também fazem função de cobradores), reajuste de 50% no valor da cesta básica e o fim da função de motorista júnior.

Já as empresas de ônibus ofereceram 10% de aumento e 25% de reajuste da cesta básica, mas a proposta não foi aceita pela categoria. O superintendente do Setrerj diz que a greve tem motivação política.

  • Existem diversas lideranças disputando a presidência do sindicato [dos rodoviários]. Não tem nada a ver com reajuste salarial para a classe. O reajuste tarifário foi de 5,5% e as empresas estão oferecendo um aumento de 10%. A cesta básica foi reajustada em 25%. Mais do que isso é impossível. Os rodoviários da capital e Duque de Caxias aceitaram sem resistência.

Vans cobravam até R$ 15 por passagem

Nesta quinta-feira, passageiros lotavam os pontos de ônibus em cinco municípios do Grande Rio: Niterói, São Gonçalo, Marica, Itaboraí e Tanguá. Sem coletivos nas ruas, muitos recorreram a caronas em carros particulares e transporte alternativo, o que provocou congestionamentos nas principais vias da região.

Vans irregulares chegaram a circular durante toda a madrugada. Passageiros denunciaram que motoristas chegavam a cobrar de R$ 10 a R$ 15. Uma passageira que preferiu não se identificar disse que um condutor chegou a cobrar R$ 10 para levá-la de Niterói para São Gonçalo.

  • Nós pedimos para um motorista de van levar a gente em casa e ele cobrou R$ 10. Eu só tenho R$ 5,60 da passagem.

Fonte: R7

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