Geral – 11/02/2012 – 11:02
Escolhida pelo Conselho de Administração da Petrobras para ser a próxima presidente da estatal, a atual diretora de energia e gás da Petrobras, Graça Foster, comentou, durante evento de divulgação de resultados da empresa realizado nesta sexta-feira, a matéria divulgada pelo jornal Folha de São Paulo segundo a qual teria autorizado o abandono, em um túnel, de um equipamento avaliado em R$ 58 milhões.
Segundo a reportagem, Graça ordenou que fosse enterrado um perfurador de rochas (tuneladora) – utilizado em regime de comodato – que era utilizado na construção do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté a fim de evitar atrasos na obra. Diante das projeções segundo as quais a retirada da máquina poderia retardar em seis meses o início da produção de gás, ela teria então autorizado um aditivo contratual para perfurar uma saída lateral e abandonar ali o equipamento, que foi comprado pela Petrobras com desconto por R$ 51 milhões.
A executiva confirmou a história. “Neste caso, havia duas alternativas. Atrasar a produção de gás, que não teria por onde escoar até que o perfurador fosse retirado do túnel, ou fazer uma saída lateral e abandonar o equipamento. Fizemos todos os cálculos, discutimos o assunto com as companhias envolvidas no projeto e esta era a melhor opção”, afirmou. Ela acrescentou ainda que esta é uma prática relativamente comum em projetos similares realizados por empresas de outros países.
Graça assume a presidência da Petrobras em substituição a José Sergio Gabrielli na próxima segunda-feira, em cerimônia a ser realizada na sede da companhia, no Rio de Janeiro. Mas, apesar de já ter seu nome confirmado no comando da Petrobras, ela se recusou, durante o evento, a responder qualquer pergunta sobre o estilo de gestão que pretende adotar à frente da estatal.
Fonte: iG


