25/02/2014 – Atualizado em 25/02/2014
Procedimento ocorreu após certame ser suspenso no dia 18 de fevereiro.
Medida foi publicada na edição desta segunda do Diário Oficial do Estado.
Por: G1
Onze mil e duzentos cadernos de questões e folhas de respostas de concurso público de provas da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso do Sul foram incinerados na sexta-feira (21). Segundo edital publicado nesta segunda (24) no Diário Oficial do Estado, formulários, chapas de impressão e outros materiais gráficos utilizados para confecção da prova escrita objetiva, etapas I e II, foram queimados.
O certame, voltado para cargos de agente tributário e fiscal de rendas, foi suspenso nos dias 5 e 18 de fevereiro. Na última data, o governo divulgou nota em que afirmava que o chefe do Executivo Estadual, André Puccinelli (PMDB), recebeu uma correspondência.
O documento, de um dos elaboradores das questões das provas, que é advogado, pedia desligamento do concurso, pois havia identificado um parente dele entre os 12 mil inscritos. Na carta, conforme divulgado pela assessoria de imprensa do estado, o advogado diz que a situação configura proibição objetiva para que ele continuasse atuando nesse certame.
Após a suspensão, o prazo de inscrições do concurso para 60 vagas foi reaberto nesta segunda. Os salários variam de R$ 6.661,57 a R$ 10.883,32 e a carga horária é de 40 horas semanais. No diário oficial é possível ver o edital de reabertura, publicado na sexta-feira. (acesse o edital, a partir da página 5)
As inscrições devem ser feitas até as 17h (de MS) do dia 17 de março pelo site www.concurso.ms.gov.br. A taxa é de R$ 145,92. Segundo o edital, quem já está inscrito permanece com a inscrição inalterada. Ainda não há previsão de data para as provas.
O processo terá duas fases: prova escrita objetiva e investigação social. A prova objetiva terá quatro horas de duração em cada etapa (conhecimento básico – manhã e conhecimento específico – tarde).
Entenda
O concurso foi aberto em novembro de 2013. Em janeiro, o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação civil pública contra o governo do estado e pediu, primeiramente, a suspensão do processo seletivo.
A 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande acatou a solicitação do MPE, mas, dias depois, uma nova decisão autorizou o prosseguimento do certame.
Na quarta-feira (19), a promotora de Justiça Paula Volpe afirmou ao G1 que o MPE havia pedido a anulação do concurso. O objetivo, segundo a promotora, é que fosse realizado um novo certame, com uma instituição desvinculada da administração do governo estadual
