Evento internacional sobre conservação de espécies migratórias deve reunir mais de 5 mil representantes de 100 países em março de 2026
Mato Grosso do Sul vai sediar a COP15, 15ª Reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres, com previsão de reunir mais de 5 mil representantes de cerca de 100 países. A conferência será realizada em Campo Grande, entre os dias 23 e 29 de março de 2026.
O evento deve reunir governos, cientistas, povos indígenas, comunidades tradicionais e representantes da sociedade civil de diversas partes do mundo, com o objetivo de debater os desafios urgentes relacionados à conservação das espécies de animais silvestres que atravessam fronteiras internacionais.
Para alinhar os preparativos da convenção, o governador Eduardo Riedel participou, nesta terça-feira, dia 23, de uma reunião virtual com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
O encontro contou ainda com a participação de equipes técnicas do ministério e do Governo do Estado, incluindo os secretários Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, e Rodrigo Perez, da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica, além do secretário adjunto Artur Falcette.
Durante a reunião, o secretário Jaime Verruck destacou que a realização da COP15 no Brasil representa uma oportunidade estratégica para apresentar ao mundo as ações ambientais desenvolvidas em Mato Grosso do Sul. Segundo ele, o evento permitirá mostrar práticas que conciliam conservação ambiental e desenvolvimento econômico, com destaque para biomas como o Pantanal.
A escolha de Mato Grosso do Sul para sediar a conferência leva em consideração o trabalho ambiental desenvolvido no Estado, bem como a integração entre diferentes áreas do governo. Uma força-tarefa foi criada para coordenar as ações necessárias à realização do evento, envolvendo setores como turismo, segurança pública e desenvolvimento sustentável.
O Brasil é parte da Convenção sobre Espécies Migratórias desde 2015 e tem avançado na proteção da biodiversidade migratória por meio de acordos internacionais e de uma legislação ambiental considerada rigorosa.
Como país mais biodiverso do mundo, o território brasileiro abriga habitats essenciais para a sobrevivência de inúmeras espécies migratórias, que dependem dessas áreas para reprodução, alimentação e descanso durante seus deslocamentos.
Os seis biomas brasileiros concentram grande diversidade de espécies migratórias, como a onça pintada, o falcão peregrino e o morcego de cauda livre mexicano, além de tubarões, arraias, peixes migratórios de água doce, tartarugas, aves, morcegos e mamíferos marinhos, incluindo baleias e pequenos cetáceos. A realização da COP15 em Mato Grosso do Sul reforça o papel do Brasil no cenário internacional da conservação da biodiversidade.
com informações Agência GOV.MS


