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quinta-feira, 18 de dezembro, 2025

Fundações sem fins lucrativos pagam salários maiores que empresas, aponta IBGE

Remuneração média mensal chegou a 2,8 salários mínimos em 2023, superando a paga pelo setor empresarial

As fundações privadas e associações sem fins lucrativos pagaram salários médios mais altos do que as empresas em 2023, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os trabalhadores dessas instituições receberam, em média, R$ 3.630,71 por mês, o equivalente a 2,8 salários mínimos, enquanto nas empresas a remuneração média foi de 2,5 salários mínimos.

No ano-base da pesquisa, o salário mínimo médio ficou em R$ 1.314,46. Apesar do desempenho superior em relação ao setor empresarial, tanto as fundações quanto as empresas ficaram abaixo da administração pública, que registrou remuneração média de quatro salários mínimos.

O estudo apresenta uma radiografia das fundações privadas e associações sem fins lucrativos, conhecidas como Fasfil, com dados extraídos do Cadastro Central de Empresas do IBGE. O levantamento é realizado desde 2002, mas, devido a mudanças metodológicas, os números de 2023 só podem ser comparados aos de 2022.

De acordo com o instituto, são classificadas como Fasfil as associações comunitárias, fundações privadas, entidades religiosas e instituições educacionais e de saúde sem fins lucrativos. Ficam fora desse grupo sindicatos, partidos políticos, condomínios e órgãos paraestatais, como o Sistema S.

O número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos cresceu 4% entre 2022 e 2023, passando de 573,3 mil para 596,3 mil organizações. Esse total representa cerca de 5% das 11,3 milhões de organizações existentes no país.

Essas instituições empregaram 2,7 milhões de pessoas, o que corresponde a 5,1% do total de trabalhadores no Brasil, e foram responsáveis pelo pagamento de 5% da massa salarial nacional.

No ranking da remuneração média medida em salários mínimos, a administração pública lidera com quatro salários mínimos, seguida pelas fundações privadas e associações sem fins lucrativos com 2,8, pelas entidades sem fins lucrativos com 2,6 e pelas entidades empresariais com 2,5. A média geral dos trabalhadores ficou em 2,8 salários mínimos.

Entre as atividades desenvolvidas, pouco mais de um terço das Fasfil atua como entidade religiosa, totalizando 210,7 mil organizações. Em seguida aparecem cultura e recreação, desenvolvimento e defesa de direitos, associações patronais e profissionais, assistência social, educação e pesquisa, além de meio ambiente, habitação e outras áreas.

A área da saúde concentra o maior número de trabalhadores, com 41,2% do total, o equivalente a 1,1 milhão de pessoas. Educação e pesquisa respondem por 27,7% dos empregos, seguidas pela assistência social, com 12,7%.

As mulheres são maioria nesse segmento. Elas representam 68,9% dos trabalhadores das fundações e associações sem fins lucrativos. Na educação infantil, chegam a 91,7% do total. Apesar disso, recebem, em média, 19% menos que os homens, repetindo a desigualdade observada no mercado de trabalho em geral.

Para o coordenador de Cadastros e Classificações do IBGE, Francisco Marta, o levantamento evidencia a relevância econômica e social dessas instituições, que atuam de forma complementar às ações do poder público em áreas como saúde, educação, assistência social, defesa de direitos e meio ambiente.

Em relação ao porte, as fundações privadas e associações sem fins lucrativos tinham, em média, 4,5 empregados em 2023. A maioria, 85,6%, não possuía nenhum trabalhador formal, enquanto apenas 0,7% contava com 100 ou mais funcionários. Os maiores contingentes de empregados estavam nos hospitais, serviços de saúde e instituições de ensino superior e médio. Já as entidades religiosas registraram a menor média, com 0,6 assalariado por organização.

com informações Agência Brasil

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