22.1 C
Três Lagoas
domingo, 6 de julho, 2025

Força Nacional será enviada para garantir segurança em aldeias

18/02/2014 – Atualizado em 18/02/2014

Por: Correio Do Estado

A Justiça determinou que a União disponibilize efetivo mínimo de 16 policiais para garantir segurança nas aldeias indígenas Bororó e Jaguapiru em Dourados, e Te’y kuê, em Caarapó. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF/MS).

Para a reserva de Dourados, composta pelas aldeias Jaguapiru e Bororó, devem ser destinados 12 agentes da Força Nacional de Segurança. Já para a aldeia Te’y Kuê, em Caarapó, foram assegurados quatro policiais.

No início de 2013, um grupo de 24 agentes federais havia sido designado para cuidar da segurança das aldeias. Segundo denúncia de indígenas, em junho eles deixaram de realizar rondas, atendendo apenas aos chamados emergenciais.

Os trabalhos ficaram comprometidos depois que 10 homens foram deslocados para Sidrolândia, onde ocorria conflito entre índios e fazendeiros. Dois agentes foram convocados para a Copa das Confederações, e mais uma dupla ficou encarregada de permanecer na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Dourados, para resguardar armamentos.

Após outros remanejamentos, do efetivo inicial, restaram apenas 6 agentes, que se revezavam em escala de 12h de trabalho por 24h de descanso.

Além do pedido de aumento no efetivo, o MPF frisou a importância de se impedir o deslocamento ou remanejamento dos policiais sem devida substituição. Eles deverão atender as áreas citadas com exclusividade.

Insegurança e tensão em aldeias
As regiões onde o policiamento deve estar presente podem ser palco de novos conflitos por terra entre indígenas e fazendeiros. Para o MPF, “o envio de forças policiais não tem por objetivo apenas impedir novos atos violentos contra os indígenas, o que já justificaria a medida, mas também resguardar os proprietários rurais envolvidos, já que, como notório, os ânimos dos indígenas também se encontram exaltados”.

Uma das áreas que receberá efetivo policial é a Pindoroky, uma retomada efetuada por índios da comunidade Te’y Kuê. A decisão de ocupar a Fazenda Santa Helena, que faz limite com a terra indígena, foi tomada depois que o proprietário, Orlandino Carneiro, matou a tiros o guarani Denílson Barbosa, 15 anos, em 16 de fevereiro de 2013, enquanto ele e os irmãos pescavam em um açude da propriedade. Os índios que denunciaram o caso passaram a sofrer ameaças de morte.

Já a reserva de Dourados apresenta taxa de homicídios quatro vezes maior do que a média nacional. O índice de suicídios é de 85 a cada 100 mil pessoas, também o maior do país. Os dados são do Mapa da Violência do Ministério da Justiça.

Foto: DivulgaçãoAtualmente, apenas seis policiais cuidam da segurança nas aldeias

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Polícia Militar realiza abordagem em tabacaria alvo de denúncias no bairro Ipacaraí

Ação ocorreu na madrugada de domingo após reclamações de perturbação e manobras perigosas A Polícia Militar de Três Lagoas realizou uma ação de fiscalização na...

Discussão entre ex-casal embriagado mobiliza Polícia Militar em Três Lagoas

Ocorrência foi registrada na madrugada de domingo no Jardim Alvorada; ninguém quis representar criminalmente Na madrugada deste domingo (6), a Polícia Militar foi acionada para...

Capivara ferida na Lagoa Maior levanta temor de ataque de jacaré

Animal foi atendido por equipes ambientais; população é orientada a manter distância Uma capivara ferida foi avistada nesta sexta-feira (4) nas proximidades da pista de...