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terça-feira, 15 de julho, 2025

Família e delegado desmentem noticia publicada no site “Campo Grande News”

06/01/2014 – Atualizado em 06/01/2014

O delegado responsável pelo caso também não confirmou a notícia divulgada oficialmente no portal “Campo Grande News”

Por: Marco Campos

Na manhã desta segunda-feira (06), familiares de Douglas Alexandre Pereira – morto na tragédia no dia 17 de dezembro de 2013 na BR-267 na região de Casa verde em que 11 comerciantes do Shopping Popular de Três Lagoas morreram carbonizados – procuraram a Rádio Caçula para esclarecer uma informação inverídica que foi divulgada no site “Campo Grande News” e republicada no portal da Rádio Caçula de Três Lagoas na última sexta-feira (03).

INDIGNAÇÃO DOS FAMILIARES

Segundo informações de Maria Terezinha e Mariza Cristina, mãe e esposa de Douglas, a matéria publicada no site da capital trouxe ainda mais sofrimento para a família que chegaram a ir naquele dia até o Shopping Popular para pedir informações para Sandra, atual presidente do sindicato da categoria que não sabia das notícias revelada no site “Campo Grande News”.

“Como as pessoas divulgam uma informação como esta, totalmente de forma errada. Isto é um desrespeito com nós familiares que ainda estamos sofrendo muito com esta tragédia”, desabafou a mãe de Douglas.

A vítima deixou a esposa e duas crianças de 06 meses e 07 anos.

O redator chefe da redação daquele portal se identificou como Francisco, o “Chico” e ao tomar conhecimento sobre a notícia informada de forma errada – conforme disse os familiares – disse a Rádio Caçula que Aliny não estava na redação, mas que ele resolveria o problema e daria um retorno imediato para a emissora em Três Lagoas, o que não aconteceu em quase 1h de espera, mesmo sabendo que os familiares de Douglas estariam no aguardo junto à emissora para esclarecimentos sobre o episódio.

A Rádio Caçula também telefonou no núcleo de perícias em Campo Grande para falar com o chefe da Coordenadoria-Geral de Perícias de Campo Grande, Nelson Fermino Júnior, mas ninguém atendeu durante várias tentativas.

INVERÍDICA

O delegado de Nova Andradina também contradiz a matéria publicada no site “Campo Grande News” que publicou os nomes de vítimas que foram levados para Nova Andradina já haviam sido identificadas, conforme frase no contexto que diz na íntegra: Outros três corpos encaminhados para o IML de Nova Andradina também foram identificados por meio da perícia. As vítimas são Aline Queiróz Ferreira, Douglas Alexandre Ferreira e Rafael Moraes da Silva.

Até o momento, as pessoas que ainda não tiveram a identificação confirmada pelo IMOL da capital ficam com os tramites processuais parados na Justiça para indenizações e outros. Segundo dados da Polícia Civil, sem o atestado de óbito não fica confirmada a morte da pessoa de forma oficial.

O delegado de Nova Andradina relatou na entrevista que os familiares poderão – após o término do inquérito policial – pedir na Justiça uma ação de justificação de óbito para conseguir o atestado de óbito das pessoas.

DELEGADO DE NOVA ANDRADINA DESMENTIU VERSÃO DO SITE

O repórter Marco Campos da Rádio Caçula telefonou ainda nesta manhã para o delegado responsável pelo caso, o Dr. Luis Augusto Milani, adjunto da 1º Delegacia de Polícia Civil de Nova Andradina-MS que disse:

“Os nomes confirmados e identificados até o momento são do motorista da van, Fabiano Bastos – identificado através de um aparelho ortodôntico – o do caminhão, Miguel Benites Meireles, Adilson Rodrigues, o “Tétinha” e Antônio Pereira Carneiro. As demais pessoas ainda não tiveram as identificações confirmadas”, esclareceu o delegado.

Para finalizar as declarações feitas via telefone, o Milani informou que estará finalizando o inquérito policial após o laudo oficial da perícia de Nova Andradina que apura as causas do acidente, que a princípio, indica que o caminhoneiro Miguel Benites Meireles invadiu a pista contrária, ocasionando a colisão.

“Mesmo sem a identificação das outras pessoas, eu já tenho autonomia em fechar o inquérito. Acredito que o núcleo do IMOL em Campo Grande levará algum tempo para finalizar os trabalhos, pois os exames são muito delicados. Em alguns casos, restaram apenas fragmentos ósseos e terão que ser analisados por DNA comparando os tipos sanguíneos dos familiares que estiveram aqui durante a coleta do material genético.”, explicou a autoridade policial.

VIRAM A MORTE

A esposa de Douglas e Maria disseram a Rádio Caçula que todos da van viram morrer, pois minutos antes da fatalidade o grupo fez uma parada no Posto Gabrieli, na rotatória que liga o distrito Casa Verde e Nova Andradina-MS.

“Todos eram muito brincalhão e sorridentes. Eles pararam para comer alguma coisa na lanchonete e é impossível todos eles terem dormido até o local do acidente, em aproximadamente 15 Km”, disse a esposa de Douglas, que ficou à frente da loja do casal no Box 79 no Shopping Popular.

A mãe também finalizou a entrevista dizendo: “Estou arrasada. Geralmente o filho enterra a mãe e não foi isso que aconteceu. Não consigo trabalhar e nem fazer nada. Ele foi embora e arrancou um pedaço de mim”.

Mãe e esposa de Douglas ao lado do delegado de Nova Andradina

Leia a matéria http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/quatro-vitimas-de-acidente-que-matou-11-continuam-sem-identificacao

Delegado de Polícia do município de Nova Andradina (MS), Dr. Milani (Foto: Jornal da Nova)

Mulher de Douglas

Mãe de Douglas

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