Geral – 01/03/2012 – 15:03
O advogado da família da adolescente Gabriela Nichimura, 14 anos, morta na sexta-feira no parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo, interior de São Paulo, informou na tarde desta quinta-feira que entrou com uma ação por danos morais e materiais no valor de R$ 2 milhões contra o estabelecimento. Segundo Ademar Gomes, o processo correrá em paralelo com o processo criminal, que ele entende como “homicídio”. A prefeitura da cidade também será processada por danos morais no valor de R$ 1 milhão.
A menina morreu após cair do brinquedo chamado Torre Eiffel. O parque assinou nesta quinta-feira um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para a vistoria de todos os brinquedos. Para isso, o Hopi Hari ficará fechado por 10 dias. A assessoria de imprensa do parque foi procurada e, até as 14h30, ainda não havia se pronunciado sobre as declarações do advogado.
Em comunicado oficial após a queda, o parque disse lamentar profundamente o acidente e garantiu que “está prestando toda a assistência à família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as causas do acidente”.
Em entrevista coletiva, a mãe da menina, Silmara Aparecida Nishimura, considerou o prosseguimento das operações do parque uma “falta de respeito”. “O parque estava aberto no dia do enterro da minha filha”, disse. Após a notícia de que o Hopi Haria ficaria fechado, que surgiu enquanto concedia a entrevista, disse que sua vontade era de que o parque “fechasse definitivamente”.
Testemunhas
Gomes declarou que a “imperícia, imprudência e negligência” do parque estariam comprovadas ao manter um brinquedo com defeito. Ele ainda criticou a primeira perícia realizada no local dizendo que o trabalho da polícia técnica foi “imprestável”. Além dos processos contra a prefeitura e o parque, Gomes declarou que pretende também acionar judicialmente algumas testemunhas que teriam dado um relato falso à polícia.
Na quarta-feira, Gomes afirmou que a vítima estava em um banco que deveria estar interditado para uso. A informação contraria a versão dada por funcionários do local, que afirmaram que a menina estava em meio a duas pessoas. Segundo o advogado, Gabriela estava em um dos bancos das pontas, que, antes da queda, estaria interditado por apresentar problemas.
O advogado Bichir Ale Bichir Junior, que representa dois operadores do brinquedo, afirmou ontem que seus clientes alertaram o parque sobre uma falha no assento ocupado por Gabriela. O alerta teria sido dado 15 minutos antes do acidente.
Fonte: Terra