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quarta-feira, 23 de julho, 2025

Falta de pré-natal e baixa escolaridade aumentam risco de anomalias em bebês, diz Fiocruz

Análise com mais de 26 milhões de nascimentos revela que desigualdades sociais e baixa escolaridade influenciam no risco de malformações em bebês

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que parte das anomalias congênitas em bebês no Brasil poderia ser evitada com a ampliação do acesso a políticas públicas básicas, como acompanhamento pré-natal adequado, educação materna e nutrição. A pesquisa analisou dados de cerca de 26 milhões de nascidos vivos entre 2012 e 2020 e identificou 144 mil casos de malformações estruturais ou funcionais.

O levantamento mostrou que mulheres que não realizaram consultas no primeiro trimestre da gravidez tiveram 47% mais chances de ter um bebê com alguma anomalia. Além disso, mães negras, com baixa escolaridade, idade inferior a 20 ou superior a 40 anos, e residentes em regiões com maior pobreza, como o Nordeste, apresentaram risco mais elevado.

Entre as anomalias priorizadas na análise estão defeitos cardíacos, do tubo neural, fenda oral, genitais, microcefalia e Síndrome de Down. Os dados foram obtidos por meio do cruzamento dos sistemas nacionais de nascimentos (Sinasc) e mortalidade (SIM).

A pesquisadora Qeren Hapuk, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), autora do estudo publicado na revista científica BMC Pregnancy and Childbirth, destaca que os fatores associados são, em grande parte, evitáveis ou modificáveis. “Investir em educação, planejamento reprodutivo, acesso ao pré-natal e alimentação adequada pode mudar esse cenário”, afirmou.

O estudo também evidenciou desigualdade na notificação dos casos: o Sudeste apresentou os melhores índices de registro, enquanto no Norte e Nordeste os números podem estar subestimados. Fatores como a epidemia do Zika vírus, entre 2015 e 2016, também influenciaram no aumento da notificação de casos de microcefalia nessas regiões.

Para os especialistas, os dados reforçam a urgência de políticas públicas integradas e mais equitativas que reduzam as desigualdades no cuidado materno-infantil no Brasil.

Com informações CNN Brasil


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