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Ex-governador de MS recebia propina via doleiros, empresários e pecuaristas, diz delator

17/11/2017 15h22

No depoimento, o empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS, disse que durante o governo de André Puccinelli foi pago a maior parte da propina.

Por: Da redação

O pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda, delator da 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Papiros de Lama, disse à Polícia Federal que o ex-governador André Puccinelli (PMDB) recebia a propina por doleiros, empresários e pecuaristas que emitiam notas frias de produtos que às vezes não existiam.

“O último pagamento foi por essa nota fiscal de produtor que seria fria, eu recebi. Eu emiti nota de produtor fiscal, o ‘boi de papel’, recebi. Por sinal, eles cancelaram essa nota depois”, afirmou Ivanildo na delação premiada. A defesa do ex-governador André Puccinelli nega as acusações.

O esquema já tinha sido revelado pelo empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS. Na época que prestou as informações para a delação premiada, o empresário citou valores e empresas para quem repassou o dinheiro de caixa dois.

“Foram pagos por várias modalidades, aí tem notas fiscais frias, por pagamentos de doleiros a terceiros e por pagamentos em espécie… cinco milhões para Ivanildo, nove milhões e meio para empresa chamada Proteco Construções, novecentos e oitenta mil para Gráfica Jaffar. Ele [Ivanildo] emitia nota de boi, ele tem fazenda e emitia nota de boi”, disse Wesley na delação.

Segundo os delatores, os Termos de Ajuste de Regime Especial (Tares) entre as empresas e o governo garantia investimentos no estado e contratação de mão de obra. Mas qualquer ação dependia da aprovação do Chefe do Executivo e, para isso, era cobrado propina.

“O investimento era legítimo, mas você só conseguia o termo de acordo se você pagasse, se você não pagasse, você não conseguia”, disse Wesley.

Conforme o dono da JBS, o maior volume foi repassado durante o governo de Puccinelli. “No período do governador André Puccinelli foram pagos, adicionalmente a isso, ao redor de trinta milhões, que foram dinheiro em espécie e mais sessenta milhões via doleiro, pra terceiros”, afirmou Wesley.

(*) Informações com o G1.

Puccinelli em viatura da PF, na saída do prédio onde mora, em Campo Grande, MS (Foto: Domingos Lacerda/ TV Morena)

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