29.7 C
Três Lagoas
terça-feira, 14 de maio, 2024

Evite a automedicação e busque informações seguras contra a doença

Ministério da Saúde alerta para os riscos de tratamentos caseiros ou uso de medicamentos sem orientação de um profissional de saúde. Guia sobre manejo clínico lançado pela pasta é referência no assunto

Consumir medicamentos sem prescrição médica é uma prática comum no Brasil, no entanto, o uso indevido de medicamentos pode causar problemas graves de saúde. E, no caso da dengue e chikungunya, a população precisa se conscientizar desse perigo. 

A automedicação pode causar reações graves, hemorragias e inclusive, se a dengue ou chikungunya não forem tratadas adequadamente, podem levar o paciente ao óbito. O ideal é procurar por uma unidade de saúde assim que aparecem os primeiros sintomas, entre eles a febre. Porém, muitos doentes acabam se automedicando em casa para aliviar o mal-estar, sem saber que alguns medicamentos comumente usados sem prescrição médica para tratar um simples resfriado, podem ter um efeito contrário se o indivíduo estiver com dengue. 

Além disso, os anti-inflamatórios como o ácido acetilsalicílico, o ibuprofeno, a nimesulida, o diclofenaco, e os corticoides devem ser evitados. Os anti-inflamatórios, principalmente o ácido acetilsalicílico, aumentam o risco de sangramento e diminuem a capacidade de coagular o sangue. Uma vez consumidos, esses medicamentos podem agravar muito a situação da doença.

Outro ponto de atenção é a utilização de tratamentos alternativos como os remédios caseiros. Embora algumas pessoas recorram a esses métodos na esperança de aliviar os sintomas, os especialistas alertam para os riscos associados a essa abordagem. Não existem soluções mágicas para curar a dengue, mas ainda é comum a ingestão de sucos e chás feitos a partir de frutas ou de plantas como boldo, inhame, cana-de-açúcar e limão como um atenuante contra os sintomas da doença. Contudo, não há evidências científicas que respaldam a eficácia desses métodos.

Publicação traz orientações 

Vale lembrar que há 20 anos o Ministério da Saúde lançou a primeira edição do documento Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adultos e criança e o material se consolidou como instrumento auxiliar da prática clínica, baseada em evidências científicas. 

Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, toda a conduta recomendada pela pasta consta no guia de manejo. “Ele se baseia em evidências científicas robustas. Além de endossar o compromisso com a qualidade técnica dos diagnósticos, também tem o intuito de auxiliar profissionais de saúde no atendimento adequado aos pacientes com dengue, reduzindo o agravamento da comorbidade e evitando óbitos”, explica. 

A partir do trabalho articulado das áreas técnicas do ministério, instituições e especialistas, o material tem apoiado profissionais da saúde. O conteúdo foi atualizado a partir de revisões da literatura recente, de diretrizes publicadas pela Organização Mundial da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde (OMS/Opas) e pela pasta, além da expertise acumulada do Brasil no enfrentamento às epidemias de dengue ao longo das últimas quatro décadas. A publicação tem mais de 70 páginas e é também um importante guia explicativo sobre a doença.

A edição atual enfatiza a importância dos grupos de riscos, incorporando outras comorbidades e, em especial, destaca os idosos como grupo de maior vulnerabilidade. Além disso, foram revisadas as orientações sobre a hidratação intravenosa, o manejo em adultos cardiopatas e as orientações em usuários de anticoagulantes e antiagregantes. Por fim, incrementou o diagnóstico diferencial de dengue em relação à chikungunya, zika e outras doenças. 

Sobre o tratamento

É preciso reforçar que o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos. Por isso, conforme orientação médica, deve-se realizar:

  • Repouso;
  • Ingestão de líquidos;
  • Para dor ou febre, usar somente dipirona ou paracetamol com base na orientação de um profissional de saúde;
  • Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
  • Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica. 

Com informações do Ministério da Saúde

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Três Lagoas reforça combate à dengue com uso de termonebulizadores

A Coordenação Municipal de Endemias está usando uma técnica chamada termonebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir doenças como dengue, chikungunya,...

Brasil tem apenas oito cidades dentro dos padrões de excelência de perda de água potável

O Brasil ainda apresenta um quadro crítico de brasileiros sem acesso à água tratada nem sequer para lavar as mãos. Enquanto isso, boa parte...

Força Tática prende foragido da justiça durante abordagem no Vila Nova

Suspeito foi localizdo em sua residência pela equipe tática durante a última terça-feira, 13.