De acordo com as informações está acontecendo um abaixo assinado, que foi desenvolvido por acadêmicos há quatro semanas.
22/04/2020 14h54
Por: Patrícia Fernandes com informações do site Petição Pública
MATO GROSSO DO SUL (MS) Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, fizeram a abertura de uma Petição Pública, para que haja a suspensão do primeiro semestre letivo de 2020. Até o presente momento, já houveram 1.696 assinaturas em concordância com a petição.
As aulas que começaram no dia 17 de fevereiro e teriam o fim do corrente semestre eletivo no dia 04 de julho, e agora na metade so semestre letivo os alunos que manifestaram essa nova petição, pedem que as atividades já feitas até o presente momento sejam validadas e que o restante do semestre seja suspenso até a volta das aulas presenciais.
De acordo com as informações obtidas, o abaixo-assinado foi elaborado devido ao atual estado de calamidade pública instaurado na sociedade, entrando então, com essa pauta afim de suspender o corrente semestre letivo. De acordo com os estudantes as observações são as seguintes:
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A crise de saúde que se desenha não prevê cenário propício para a retomada das aulas nos próximos meses. As atividades EAD não são suficientes para suprir a falta de aulas.
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Os docentes não tiveram tempo hábil para preparar material de qualidade semelhante ao repassado presencialmente.
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Falta de padronização do meio de comunicação entre a comunidade docente e a discente (alguns usam o AVA, outros usam Google Classroom, sendo o AVA um sistema instável).
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Falta de acesso, por uma parcela da comunidade discente, a meios tecnológicos que possibilitem o acompanhamento das aulas na modalidade EAD.
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Falta de acesso, por uma parcela da comunidade discente, a meio de transporte, para que possam usufruir das instalações ofertadas pela universidade para o acompanhamento das aulas na modalidade EAD.
O corpo discente também requere:
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O aproveitamento das atividades realizadas até o momento anterior à suspensão, na eventual retomada do calendário.
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A continuidade dos pagamentos de bolsas aos membros do corpo discente durante a paralisação, já que essa é a única fonte de renda de muitos alunos da instituição.
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A elaboração de um calendário pós-paralisação que vise minimizar os impactos da paralização, respeitando os acadêmicos e professores, evitando “empilhar semestres e conteúdo”.
Uma das grandes reclamações é a falta de acesso a internet rápida e computadores por boa parcela da comunidade estudantil, de modo que prejudica os estudos dirigidos.
Os alunos alegam ainda que as atividades não serão suficientes para garantir a qualidade dos estudos dirigidos e que os professores não tiveram tempo para preparar os conteúdos de acordo com as novas plataformas apresentadas. Muitos ainda estão utilizando outros mecanismos: grupos de WhatsApp, Facebook, Skype, AVA e outras conexões, mesmo com esses sistemas sendo instáveis.
Das 69 universidade federais do país, 12 autorizaram a continuidade de suas atividades curriculares a distância. Em sua grande maioria, as universidades federais paralisaram todas as suas atividades por tempo indeterminado ou parcial.
