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Três Lagoas
quarta-feira, 9 de julho, 2025

Especialistas explicam motivo dos ataques das piranhas no Balneário

Especialistas explicaram o motivo que levou as piranhas a atacarem os banhistas

Após diversos ataques por piranhas, registrado no Balneário Municipal Miguel Jorge Tabox, localizado no município de Três Lagoas (MS), o local segue temporariamente fechado a pedido da Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Turismo (SEDECT).

O Prefeito Ângelo Guerreiro, esteve no local na manhã desta quinta (05) e afirmou que, mesmo com a rede de contenção presente em toda área de banho aconteceu os ataques. Ângelo ainda ressalta que está sendo feita a limpeza dessa delimitação utilizada pelos banhistas, e que sempre quando necessário, o local passará por essa manutenção.

Em entrevista para a Caçula FM 96.9, a coordenadora dos espaços, Natália Leite, relatou que a área de lazer, que também é cartão postal de Três lagoas, permanece fechado para limpeza e retirada dos peixes, sem previsão de reabertura.

“Nós não temos previsão para reabertura, por que queremos deixar praticamente 100% limpo, para atender a população sem nenhum problema.”  

Natália Leite, coordenadora do Balneário Municipal. (Foto: Rádio Caçula)

O professor Fernando Carvalho, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), explicou em entrevista que no local há presença de três tipos de espécies de piranhas, sendo que a espécie causadora dos acidentes tem características especificas para atacar, sendo um dos principais objetivos a defesa dos filhotes.

“Nessa região temos pelo menos três espécies de piranhas, duas dessas espécies são exóticas, não são nativas da bacia do paraná e uma espécie é nativa. A espécie que está causando diversos acidentes aqui no Balneário de Três Lagoas é a Serrasalmus marginatus, é uma espécie que cuida da prole enquanto está com os filhotes em área próxima de vegetação, e se tem algum banhista que se aproxima dessa área, elas irão então defender e onde ocorre então os acidentes.”

Professor Fernando Carvalho, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, do câmpus de Três Lagoas. (Foto: Rádio Caçula)

Para a professora da UFMS, Maria José, os locais já identificados com os ninhos das piranhas, devem ser evitados pelos banhistas. Maria disse que é válido ressaltar que estes peixes preferem área com vegetação e afastados da margem, com sedimento arenoso e macio para botar os ovos.

“Deve se evitar esses locais, as piranhas não gostam de ficar na beira do rio, elas sempre estão um pouquinho afastadas da margem e onde tem vegetação, por que elas gostam justamente destes locais mais protegidos, onde elas possam botar os ovos, em um local protegido como é o caso especifico daqui.”

Tanto o macho quanto a fêmea, realizam a patrulha ao redor do ninho afim de guarda-lo e “se há uma aproximação maior dentro desse espaço que elas identificam como um risco, elas irão defender. O que chamamos de ataque na verdade é uma defesa delas”, complementou a professora.

Professora Maria José Alencar, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, do câmpus de Três Lagoas. (Foto: Rádio Caçula)

José Ricardo, mergulhador e salva vidas do Balneário, contou que o primeiro ataque ocorreu no lado esquerdo onde estava mais cheio de algas e ninhos. O profissional ainda explicou que as piranhas não “rasgaram” a tela, como a maioria concluiu.

“É uma tela totalmente de arame revestido de plástico para não apodrecer na água, então é zero o risco da tela estar furada, além disso ela é nova, eu a coloquei recentemente.”

José Ricardo, mergulhador e salva vidas do Balneário Municipal. (Foto: Rádio Caçula)

ESPÉCIE PRESENTE NO BALNEÁRIO MUNICIPAL

Conhecida popularmente como “Piranha Branca”, da espécie Serrasalmus marginatus, possui reputação de predador com características agressivas, que atacam suas vítimas com mordidas que dilaceram a pele e em alguns dos casos chegam até matar. Apesar de viverem em cardumes de 20 ou mais indivíduos, não possuem comportamento de caça em grupo.

Com reprodução Ovípara, procuram locais com vegetação e sedimento arenoso para botarem os ovos e realizam ataques a humanos, quando percebem que os seus ninhos estão ameaçados.

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