Economia – 21/05/2012 – 17:05
Ter ideias criativas e fazer planejamento são fundamentais, diz professor.
Família aposta em doce com quatro sabores para alavancar vendas.
Como ser empreendedor e inovador em negócios de pequeno porte? Na opinião de especialistas, não há limites para se dar bem quando se tem ideias criativas e planejamento.
Sílvia Teixeira de Melo e a família produzem doces caseiros. Para dar conta das encomendas, são necessárias 10 horas por dia na cozinha industrial. A produção começou apenas com goiabada, mas depois de um ano era preciso expandir o mercado. Hoje, são produzidos 30 tipos diferentes de doces. “Criamos um doce de leite com morango, maracujá e ameixa, e é um dos que vendem mais”, conta a doceira.
Com mais opções para os clientes, as vendas aumentaram. No começo apenas 500 unidades eram comercializadas por mês, e hoje são mais de 2 mil. André Melo de Oliveira, marido de Sílvia, faz a venda e a entrega dos doces e ainda cuida do padrão de qualidade dos produtos. “Nós corremos atrás para buscar a formalização, conseguir a rotulagem dos produtos e a inspeção da vigilância sanitária. Acho que isso fez a diferença para chegarmos onde estamos”, diz o microempresário.
O empreendedorismo na família de Sílvia e André surgiu espontaneamente, sem tecnologia e com pouco investimento. A inovação é um dos principais fatores para o sucesso das pequenas empresas. Mas inovar não significa ter uma ideia brilhante ou mirabolante. Pequenas mudanças podem trazer grandes resultados.
A empresária Cynthia Vieira Tannos deixou o emprego e resolveu abrir o próprio negócio em um ramo totalmente desconhecido para ela. Há menos de um mês no comando de uma lanchonete, ela conta que está em busca de aprimoramento para melhorar os negócios. “Eu não tinha experiência em produção de alimentos, principalmente em grande escala. Tivemos duas semanas de treinamento e já estabelecemos algumas rotinas, como horário de funcionamento e divulgação em redes sociais. O movimento está superando as expectativas do primeiro mês”, relata a empresária.
Apesar das boas iniciativas, as dúvidas sempre aparecem. O professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com doutorado em marketing, Dario Lima, explica que quanto mais os pequenos empresários descobrirem o que realmente o consumidor precisa e quer, fica mais conquistá-lo como cliente. “A pequena empresa vive um dilema, que é o de diversificar sem se tornar complexo. O ideal é ficar no meio termo. Além disso, a diversificação tem que se dar paulatinamente, senão pode levar o negócio a ter problemas”, afirma o especialista.
Fonte: Do G1
