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terça-feira, 15 de julho, 2025

Equipe do Instituto do Câncer de Três Lagoas esclarece sobre a polêmica droga: “Fosfoetanolamina”

23/10/2015 – Atualizado em 23/10/2015

Por: Assessoria de Imprensa

A equipe do ICTL (Instituto do Câncer de Três Lagoas), realizou uma palestra no final da tarde de quinta-feira (22), para esclarecer sobre a Fosfoetanolamina (Cápsulas da USP), medicamento que ainda está em fase inicial de testes – foi testado somente em ratos; e que, talvez, daqui há alguns anos, possa vir a ter alguma atividade real comprovada no futuro.

O tema do evento foi: “Fosfoetanolamina: Herói ou Vilão”, uma opinião técnica da equipe do instituto, que se posicionou de forma imparcial, defendendo que trata-se ainda de uma substância em desenvolvimento e não de um remédio de verdade, já que ainda não passou por todas as fases clínicas, para comprovar eficácia e/ou segurança em seres humanos.

Os médicos Dr. Antônio Carlos Cavalcante Godoy, Dr. José Márcio Barros de Figueiredo e Dr. Rodrigo Augusto Melão Martinho, que formam parte da equipe do ICTL, promoveram o evento em parceria com o Hospital Auxiliadora.

O evento aberto aconteceu no auditório do hospital e reuniu profissionais da área da saúde, alunos do curso de medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), campus de Três Lagoas, a imprensa e também pacientes do ICTL.

EXPLICAÇÃO

“O câncer mata e a incidência cresce a cada ano. A comoção é real. A necessidade de esclarecer esse assunto é para que nossos pacientes não desistam da quimioterapia, achando que existe um remédio “milagroso” que cura o câncer. Na medicina não existe o “eu acho que funciona”, é preciso provar. E outra, apesar de ser uma pesquisa séria, o medicamento ainda está na fase pré-clínica. É uma droga que tem potencial, pouco efeito colateral, mas ainda está sendo estudada”, explicou Antônio.

FASES

Ainda de acordo com o médico, as fazes são: invenção (descoberta), testes pré-clínicos (estudos com animais– fase em que se encontra a pesquisa da Fosfoetanolamina), Fase 1 (segurança – confirmar se a droga não é letal, fazendo teste em cerca de 30 pacientes), Fase 2 (teste com 300 paciente – com características semelhantes -, para ver se a droga realmente é eficaz em matar o câncer), Fase 3 (comparar com o medicamento considerado padrão -o melhor- para aquela determinada doença). Depois de provar que a droga funciona e que não causa prejuízos aos pacientes, elas seguem para aprovação da ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária). A Fase 4, entra para verificar os efeitos colaterais novos a longo prazo, que a droga pode causar.

RECOMENDAÇÃO

“A medicina é baseada em evidências científicas comprovadas. Somos repetidores daquilo que deu certo, então, não posso prescrever aos meus pacientes um medicamento que ainda está em fase de testes e nem foi aprovado em humanos. A recomendação é que continuem os tratamentos disponíveis hoje, que são a cirurgia oncológica, quimioterapia, radioterapia, drogas alvos moleculares e a imunoterapia. E que a sociedade, médicos e pesquisadores se mobilizem e continuem na busca para dar fim a ao mal do câncer, assim como outras doenças que matavam, há décadas, hoje não mata mais, são curáveis”, concluiu.

CONVIDADOS

Ana Pereira da Rocha, é paciente do ICTL, ela participou da palestra e achou esclarecedora. “Precisava saber sobre o medicamento. Eu vi na televisão e estava todo mundo falando. Foi muito bom, agora tirei minhas dúvidas”.

A acadêmica de medicina, Beatriz Martins, também deu sua opinião sobre o evento. “Foi muito bom participar e ter esse conhecimento, tanto como estudante, quanto como cidadã. Ainda mais porque nós, estudantes de medicina, somos questionados sobre esses assuntos da atualidade, e precisamos estar informados. Foi esclarecedora a palestra”, concluiu.

Dr Antônio Carlos Cavalcante Godoy

Dr. José Márcio Barros de Figueiredo

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