14/10/2016 – Atualizado em 14/10/2016
Foram captados rins, fígado, córneas e ossos nesta quinta feira (13)
Por: Marcio Ribeiro com Ilha de Notícias
O Hospital Regional de Ilha Solteira, em parceria com o Hospital de Base de São José do Rio Preto, realizou na tarde desta quinta-feira (13) uma cirurgia inédita na unidade. Os órgãos de um homem de Itapura, que teve morte encefálica, foram captados para serem transplantados em diversos pacientes.
O paciente, que morava em Itapura e tinha 33 anos, deu entrada no Hospital Regional de Ilha Solteira com uma lesão no crânio no último sábado (8), provocada por uma agressão. Após todos os exames e protocolos, foi constatada a morte encefálica. “Apesar da morte, os órgãos estão viáveis. E, para muitas pessoas, o único tratamento que existe é o transplante de órgãos. E é com esse objetivo que estamos trabalhando. O que fizemos? Mantemos os órgãos vitais funcionando, para que alguém os recebesse. Esses órgãos, para determinados pacientes, é o único tratamento que existe. Há pessoas, inclusive, que já estão esperando”, explicou o médico Eduardo Zegóbia Forcacini, que integra a equipe do Hospital responsável pelo feito inédito na unidade.
Apesar da morte ter sido constatada no final de semana, os órgãos só foram captados nesta quinta-feira (13) porque era preciso autorização de alguém da família. O paciente é do Maranhão e o parente mais próximo, um irmão, estava em Minas Gerais. “Esse irmão veio até Ilha Solteira na terça-feira (11) e, com a anuência da família, autorizou a captação dos órgãos”, explicou a enfermeira Helen Camila Fernandes.
Foram captados rins, fígado, córneas e ossos.
Captação – O trabalho foi realizado em parceria com uma equipe do Hospital de Base de São José do Rio Preto. A equipe da unidade ilhense diagnosticou a morte encefálica e manteve os órgãos vitais do paciente funcionando, até que os médicos do HB fizessem a captação.
É a primeira vez que esse tipo de cirurgia é realizada em Ilha Solteira. A administração do Hospital Regional vinha capacitando uma equipe há algum tempo, patrocinando cursos na área para alguns funcionários. A partir dessa primeira experiência, a expectativa é que o Hospital Regional passe a captar, com uma frequência maior, órgãos de pacientes que tenham morte encefálica.
Além do médico Eduardo Zegóbia e da enfermeira Helen, integram a equipe do Hospital Regional as enfermeiras Yara Tamaki Silva e Selma da Silva e o enfermeiro Everaldo de Souza.

