Secretária Juliana Salim determinou suspensão preventiva do profissional lotado em unidade do Parque São Carlos até a conclusão do processo administrativo.
A Prefeitura Municipal de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, determinou a suspensão preventiva de um servidor, médico da família lotado na unidade de saúde do Parque São Carlos, após denúncia formal de assédio sexual e importunação de servidoras no ambiente de trabalho.
A decisão consta em uma comunicação interna emitida nesta quinta-feira, 13, assinada pela secretária de Saúde, Juliana Salim, e encaminhada à Direção de Gestão de Pessoas, representada por Andreia Dantas e Jardel Pauber.
De acordo com o documento, as condutas atribuídas ao servidor “configuram, em tese, infrações éticas e disciplinares graves”, passíveis de apuração em processo administrativo, conforme prevê o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais.
A medida tem caráter preventivo e busca garantir a lisura das investigações, preservar o ambiente de trabalho e proteger possíveis vítimas e testemunhas, evitando interferências durante o andamento do procedimento.
Conforme a determinação, o servidor deverá permanecer afastado de todas as dependências das unidades de saúde e repartições públicas municipais, podendo retornar apenas mediante convocação expressa da autoridade competente. A suspensão é por prazo indeterminado, mas sem prejuízo da remuneração, até a conclusão do processo administrativo instaurado para apuração dos fatos.
O CASO
Segundo informações da Polícia Militar, a corporação foi acionada via COPOM após a vítima conseguir pedir socorro à mãe por celular, relatando que o médico havia a agarrado e beijado à força no pescoço dentro da sala de atendimento. O assédio ocorreu logo após a jovem sair para beber água e retornar ao local.
Assustada, a estagiária conseguiu sair da sala e pedir ajuda a pessoas que estavam próximas, que intervieram para cessar o ato. Em poucos minutos, equipes da Polícia Militar chegaram ao posto e localizaram o médico ainda dentro da unidade, onde ele recebeu voz de prisão em flagrante.
O suspeito foi conduzido à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC), onde a vítima prestou depoimento acompanhada de sua advogada, Ellen Eubanque, que autorizou a divulgação de um vídeo gravado logo após o crime, reforçando o pedido de providências imediatas. O médico foi autuado por importunação sexual e permanecerá preso até decisão judicial, a ser definida em audiência de custódia.


