18.6 C
Três Lagoas
terça-feira, 5 de agosto, 2025

Dupla de jovens fatura R$ 2 milhões com aluguel de tablets

Economia – 25/04/2013 – 09:04

O que, para muitos, é um objeto de desejo virou o negócio de Guto Ramos e Rony Breuel, ambos de 26 anos, sócios da BR Mobile. Com um investimento inicial de R$ 12 mil, a dupla comprou seis tablets e começou a alugar os equipamentos para turistas, restaurantes e eventos corporativos.

Criada em maio de 2011, a empresa vai completar seu segundo ano de atividade com um faturamento anual de R$ 2 milhões. O número de tablets também cresceu e, hoje, já passa dos 400, segundo os sócios.

De acordo com Ramos, a locação de um tablet custa, em média, R$ 14,90 a diária. A maioria dos equipamentos permanece alugada todos os dias, segundo Ramos.

Para tornar a oferta mais atrativa para os clientes, diz  Ramos, a empresa também desenvolve aplicativos como cardápios digitais para bares e restaurantes.

No início, segundo o empresário, o foco do negócio era a locação de tablets para turistas. Mas a dupla percebeu que poderia lucrar mais se direcionasse os esforços para o setor de eventos corporativos.

Atualmente, a maior parte dos clientes da BR Mobile –entre eles Bradesco, Itaú, Renault e Vale–  aluga o equipamento para utilizar em congressos, seminários e lançamentos de produtos.

“Antes, as empresas tinham de comprar um ou mais tablets para usar em eventos que, às vezes, duravam um dia. Com a possibilidade de alugar, o custo para elas é bem menor”, afirma Ramos.

Para se prevenir contra danos e furtos, a empresa contrata uma apólice de seguro para os aparelhos. Segundo o sócio Rony Breuel, no contrato com o cliente também é estipulada uma multa de R$ 500, caso o equipamento seja danificado ou roubado durante a locação. O valor é utilizado para pagar a franquia da seguradora, conta Ramos.

“Quando dói no bolso, o cliente fica mais cuidadoso. Ele não vai sair e deixar o equipamento jogado em qualquer lugar”, afirma.

O negócio, sediado em São Paulo (SP), está em expansão. De acordo com os sócios, até o fim do primeiro semestre a empresa pretende inaugurar duas filiais, uma em Belo Horizonte (MG) e outra em Porto Alegre (RS).

Empresa do Paraná fatura R$ 15 mil por mês

Já os sócios Victor Coelho, 25, e Fernando Baggetti, 22, investiram R$ 50 mil para comprar os primeiros tablets e montar o escritório da Implement, em junho do ano passado.

A empresa curitibana aluga os aparelhos e desenvolve aplicativos para turistas, hotéis, restaurantes e também para eventos corporativos. Por mês, o negócio fatura R$ 15 mil e conta com 30 tablets. A diária de um equipamento custa R$ 17,90.

Segundo Coelho, o alto valor dos tablets é uma dificuldade para quem atua no setor. O preço de um iPad (referência de mercado) no site da Apple no Brasil varia de R$ 1.749 a R$ 2.499, dependendo da configuração.

Victor Coelho, sócio da Implement, empresa de aluguel de tablets em Curitiba (PR)

O empreendedor que deseja iniciar um negócio no setor precisa de, no mínimo, cinco equipamentos, de acordo com o coordenador do curso de administração com foco em tecnologia da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista), Cláudio Carvajal.

“Essa quantidade possibilita que o empresário comece o negócio com pouco investimento e com equipamentos suficientes para prestar o serviço até sentir que os pedidos estão aumentando e precisa comprar mais tablets”, diz Carvajal.

Para conseguir investir e ter lucro, Coelho diz que é preciso manter a maior parte dos aparelhos nas mãos dos clientes e não na sede da empresa. “Equipamento parado não gera lucro, por isso procuramos manter os tablets alugados todos os dias”, diz.

O cálculo da diária, segundo Coelho, também é determinante para o bom andamento do negócio.  “O preço tem de estar adequado à realidade do cliente. Se for caro, ninguém aluga. Se for barato demais, não temos lucro”, afirma.

Clientes precisam de softwares personalizados

Focar o negócio apenas no aluguel do tablet não torna a operação lucrativa, de acordo com Carvajal. Na opinião dele, a grande sacada dessas empresas foi desenvolver soluções personalizadas para os clientes, como cardápios digitais para restaurantes ou aplicativos para demonstração de produtos em eventos.

“O tablet é apenas o equipamento que permite que o cliente utilize o software. Se ele precisar do aparelho sem o programa, ele provavelmente optará por comprar e não por alugar”, diz.

Segundo Carvajal, o empreendedor pode contratar uma apólice de seguro para os equipamentos e reduzir as perdas com danos e furtos. O seguro de um tablet, normalmente, tem cobertura de um ano e custa em torno de 20% do valor do aparelho.

“Os tablets são caros e muito sensíveis, por isso é interessante para o empresário ter a cobertura de uma seguradora”, declara.

Fonte: Uol

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

PL de Coronel David proíbe cobrança de taxas de consignados de servidores públicos em MS

Fica vedada a cobrança de taxa, bem como de quaisquer outras tarifas ou encargos O Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Coronel David...

Cachorro é flagrado em situação de abandono na Esplanada da NOB em Três Lagoas

Ouvinte da Caçula denunciou situação de cão debilitado em travessa próxima ao local da Festa do Folclore, onde Secretaria de Meio Ambiente confirmou que já está apurando o caso

“Você não está sozinha”: CRAM reforça acolhimento e apoio às mulheres durante o Agosto Lilás

Com aumento preocupante nos atendimentos, equipe reforça importância do acolhimento, informação e denúncia