28/09/2016 – Atualizado em 28/09/2016
Moeda norte-americana caiu 0,28%, a R$ 3,2218 na venda.
Por: G1
O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (28), anulando os ganhos registrados pela manhã, com a disparada dos preços do petróleo após notícias de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) alcançou um acordo para reduzir sua produção de petróleo. A moeda norte-americana caía 0,28%, a R$ 3,2218 na venda.
Segundo a Reuters, o acordo prevê um corte na produção para 32,5 milhões de barris por dia (bpd), ante os atuais níveis de cerca de 33,24 milhões de barris por dia. O anúncio oficial do acordo ainda não foi feito, mas a notícia provocou uma disparada nos preços do dólar, que fechou em alta de 5%.
A reunião informal da Opep acontece em Argel com o objetivo de conter o excesso de oferta no mercado global, que tem levado a uma acentuada queda de preços vista desde meados de 2014.
Mais cedo, declarações da presidente do Federal Reserve, banco central norte-americano, Janet Yellen, ampliaram as apostas em um aumento de juros no país este ano.
Yellen reforçou a percepção de melhora da economia norte-americana ao dizer que a expectativa é que a taxa de desemprego caia mais. Segundo ela, a criação de empregos nos EUA está bem acima do que é sustentável e essa contínua criação de emprego levará a um superaquecimento.
“O mercado entendeu que é provável de fato um aumento de juros neste ano, daí a pressão no dólar”, comentou à Reuters o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer. “Ela indicou que a maioria dos membros do Fomc vê a alta de juros como provável este ano.”
O presidente do BCE, Mario Draghi, também falou nesta quarta-feira, mas não adicionou nada que pudesse influenciar nas cotações. Ele disse que as taxas de juros baixas do BCE são necessárias para reanimar o crescimento e os governos precisam fazer a sua parte se querem que os juros subam para níveis normais.
No Brasil, do lado doméstico, a pressão compradora vista em grande parte da sessão decorreu também da formação da Ptax de final de mês, que é a taxa de câmbio usada para liquidação dos derivativos cambiais.
A sinalização do governo de que votará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos até 11 de outubro em primeiro turno na Câmara, esteve como pano de fundo, justificando a trajetória de baixa da moeda.
O Banco Central vendeu nesta manhã todo o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso – equivalente à compra futura de moeda.