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Diretores de comédias de sucesso são quase desconhecidos no Brasil

Geral – 28/12/2012 – 14:12

Faça um teste com a pessoa ao seu lado: peça para ela citar o diretor do filme nacional de maior sucesso de 2012.

Nada? Dê a dica: o nome do longa é “Até que a Sorte nos Separe”, protagonizado pelo comediante Leandro Hassum e com mais de R$ 30 milhões em caixa.

Se a resposta for negativa, mostre que ele é o cineasta responsável pelo sucesso “De Pernas pro Ar”, cuja primeira sequência estreia hoje em cerca de 700 salas do Brasil.

Não se desespere caso o nome não surja. Apesar de dirigir alguns dos filmes mais lucrativos dos últimos anos, o carioca Roberto Santucci faz parte de um fenômeno que não é isolado.

 

Editoria de Arte/Folhapress

 

À exceção de nomes que já possuíam uma grife na TV (Daniel Filho, de “Se Eu Fosse Você”) ou no cinema dramático (Andrucha Waddington, de “Os Penetras”), as comédias que dominaram o ano do cinema brasileiro não rendem prestígio ou fama popular a seus diretores.

É assim com Felipe Joffily (“E Aí… Comeu?”), Victor Lopes (“As Aventuras de Agamenon, o Repórter”) e Rodrigo Bittencourt (“Totalmente Inocentes”), também donos dos maiores sucessos do ano.

“É bom demais não ser reconhecido. Um diretor nunca vai chegar ao ponto de ter a vida infernal como a dos atores”, afirma Santucci, que ganhou R$ 160 mil para fazer o primeiro “De Pernas pro Ar” e hoje já tem participação nos lucros dos projetos que dirige.

“Acho que a comédia, por ser um gênero feito por diferentes forças criativas, não destaca a figura do diretor”, observa Victor Lopes, que fez importantes documentários (“Vênus de Fogo”) e experimentou a comédia em “As Aventuras de Agamenon, O Repórter”, quinto filme em bilheteria do ano.

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PODER DIVIDIDO

O anonimato, porém, tem suas desvantagens. Nestas comédias feitas para dominar o mercado, a intervenção dos distribuidores e dos produtores é forte, deixando pouco espaço para um toque pessoal dos diretores.

“Antigamente, o poder do diretor era enorme. Agora existe um reequilíbrio de forças com os produtores e distribuidores”, declara Bruno Wainer, sócio-diretor da Downtown Filmes, coprodutora de seis dos dez maiores sucessos de 2012, como “Até que a Sorte nos Separe” (3,4 milhões de espectadores) e “E Aí… Comeu?” (2,5 milhões de pagantes).

“Hoje, o cineasta tem de filmar no prazo, dentro do orçamento e ter resultado de bilheteria. Se ele não atrapalhar, já está muito bom.”

Como a maioria dos diretores é jovem, há uma certa paciência com as “dicas” dos produtores.

“Sei que vou ganhar respeito com o tempo. Para fazer filmes de mercado, é preciso haver freio de mão. E aí entram os produtores”, confirma Rodrigo Bittencourt, que estreou no cinema com “Totalmente Inocentes”, uma paródia de “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite” em que poucos acreditavam, mas que rendeu quase o dobro do orçamento de R$ 3 milhões.

Fonte: Folha de São Paulo

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