36.2 C
Três Lagoas
sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Diretor minimiza prejuízo financeiro: “Corinthians será bicampeão”

Esporte – 02/03/2013 – 09:03

Diante do questionamento inicial, o diretor financeiro do Corinthians, Raul Corrêa da Silva, exagerou e apontou um prejuízo de R$ 3 milhões a cada jogo da Copa Libertadores disputado com os portões do Pacaembu fechados. A conta tinha os R$ 2 milhões de renda líquida projetados por partida mais R$ 1 milhão em gastos que continuariam existindo mesmo sem público.

Não é bem essa a matemática. Nos três confrontos da primeira fase da última Libertadores, para que se trace um parâmetro, o clube teve rendas brutas que variaram de R$ 1,6 milhão a R$ 1,9 milhão. Descontadas as despesas e a porcentagem da Conmebol, não sobrava mais de R$ 1 milhão.

Além disso, o gasto é muito menor em uma partida sem torcida, até porque não há renda a se dividir ou pela qual pagar impostos. No triunfo por 2 a 0 sobre o Millonarios, computados os R$ 870 pagos pelos quatro torcedores que foram ao Pacaembu amparados por liminares, a renda líquida foi de R$ 144 mil negativos.

De qualquer maneira, o prejuízo é considerável. No ano passado, a bilheteria rendeu R$ 35,1 milhões e representou 10% das receitas do clube. Quando se leva em conta que o superávit foi de R$ 7,5 milhões, não é difícil prever dificuldade por conta da grana prevista que deixa de entrar nos jogos da Libertadores.

Dois fatores, no entanto, tranquilizam Corrêa. Um deles é que o orçamento é conservador, com receitas que costumam superar a expectativa estabelecida. A previsão deste ano para os patrocínios do uniforme, por exemplo, apontam R$ 49 milhões. Segundo o diretor, já há R$ 51 milhões garantidos, com a possibilidade de se chegar a R$ 55 milhões – os números não levam em conta a suspensão dos repasses da Caixa Econômica Federal, o principal patrocinador, por liminar.

O segundo fator é que, justamente pela cautela no orçamento, foram projetadas receitas apenas em três jogos da Copa Libertadores, os três da primeira fase nos quais o Corinthians é mandante. No caso de o time repetir a campanha do ano passado e chegar à final, haverá mais quatro partidas.

Punido preventivamente pela morte do garoto boliviano Kevin Espada na partida contra o San José, o clube do Parque São Jorge tem de atuar com portões fechados até que o caso seja julgado, em um prazo de 60 dias contados a partir da semana passada. A diretoria confia em um julgamento rápido que diminua essa punição ou que, na pior das hipóteses, permita a lotação do Pacaembu a partir das oitavas de final.

É nisso que aposta Raul da Corrêa da Silva, mal acostumado após uma temporada cheia de conquistas. “O orçamento só tem a bilheteria dos jogos da primeira fase. São três jogos. Até a final, são mais quantos? Quatro? Então, pronto. O Corinthians vai ser bicampeão”, sorriu o diretor financeiro.

Fonte: Portal Terra

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Firjan aponta fragilidade fiscal em parte dos municípios de MS

Apesar de avanços, 17 cidades do Estado estão em situação difícil ou crítica; Campo Grande tem desempenho preocupante

DÍVIDA ZERO – REFIS 2025 lançado pela Prefeitura de TL garante 100% de desconto no primeiro mês

Contribuintes têm até janeiro de 2026 para quitar débitos municipais com descontos progressivos em multas e juros. A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da...

Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.