23/05/2014 – Atualizado em 23/05/2014
Por: Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff comunicou ontem (22) a um grupo de representantes de 36 setores da indústria brasileira que levará até uma semana para decidir a respeito da desoneração permanente da folha de pagamento.
Conforme a Folha de S.Paulo antecipou na edição de ontem, Dilma já tinha avisado o comércio varejista que não será possível incluir novos setores nessa política de desoneração, mas apenas manter permanente o benefício para aqueles já contemplados.
Segundo a Folha de S.Paulo apurou, a presidente deu como justificativa a falta de recursos no Orçamento para bancar novos benefícios.
Ontem, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, afirmou, após a reunião no Palácio do Planalto, que o governo indicou a “perenização da política” de desoneração, mas, disse ele, “não houve um compromisso sobre os setores a serem contemplados, embora haja uma demanda”.
Busca pela ampliação
Segundo o presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Synésio Batista da Costa, há um processo de “tensionamento dos setores, que não é pequeno, em relação a este tema”, para que haja ampliação do benefício a outras áreas.
Conforme apurou a reportagem, a decisão do governo de manter a desoneração já está tomada pela presidente, mas não está descartada a exclusão de alguns setores nos quais a medida não tenha gerado o resultado esperado.
Hoje há 56 setores contemplados com a desoneração.
O governo cita o caso da GE (General Eletric) como exemplo de sucesso da medida.
A multinacional estava analisando instalar uma fábrica de turbinas na Malásia ou no Brasil.
Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), a empresa optou pelo Brasil por causa das vantagens da desoneração da folha, que vai permitir exportar parte da produção para a China