Saúde – 19/03/2013 – 07:03
Depressão na infância pode aumentar o risco de problemas cardíacos mais tarde na vida, de acordo com pesquisadores da Washington University School of Medicine, nos EUA.
Os dados indicam que adolescentes que estavam deprimidos na fase infantil foram muito mais propensos à obesidade, ao fumo e ao sedentarismo, mesmo que já não fossem mais depressivos.
Os pesquisadores relataram suas descobertas na Reunião Anual da American Psychosomatic Society.
“Parte da razão de isso ser tão preocupante é que uma série de estudos recentes tem mostrado que quando os adolescentes têm esses fatores de risco cardíaco, eles são muito mais propensos a desenvolver doença cardíaca na vida adulta e até mesmo a ter uma vida útil mais curta. Fumantes ativos na adolescência são duas vezes mais propensos a morrer com a idade de 55 anos do que os não fumantes, e vemos riscos semelhantes com a obesidade, assim a descoberta dessa ligação entre depressão infantil e fatores de risco sugere que é preciso acompanhar de perto os jovens que têm apresentado depressão”, afirma primeiro autor Robert M. Carney.
Os pesquisadores sabem há anos que os adultos com depressão tendem a ter ataques cardíacos e outros problemas cardíacos, mas não ficou claro quando os fatores de risco para doenças do coração, tais como tabagismo, obesidade e sedentarismo unem forças com depressão para aumentar o risco de problemas do coração.
“Nós sabemos que a depressão em adultos está associada a doenças cardíacas e um risco maior de morrer de um ataque cardíaco ou de ter complicações graves. O que nós não sabemos é em que fase da vida poderíamos começar a ver evidências de associação entre a depressão e estes fatores de risco cardíaco” , observa Carney.
Fonte: Correio do Estado