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Covid-19: Pesquisadores usam anticorpos das lhamas contra o novo coronavírus

Em busca de soluções, pesquisadores da Universidade do Texas encontraram nos anticorpos da lhama uma possível solução

07/05/2020 15h32
Por: Patrícia Fernandes com informação do Olhar Digital

MUNDO – Em busca de um tratamento eficaz para a Covid-19, sempre surgem notícias sobre novos medicamentos que estão sendo testados ou vacinas que tiveram bons resultado. Foi assim que os pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, do Instituto Nacional de Saúde dos Estado Unidos e da Universidade de Ghent, na Bélgica, chegaram a uma solução um pouco diferente: as lhamas.

Os cientistas vincularam duas cópias de um tipo especial de anticorpo produzido pelas lhamas, criando então um novo anticorpo que se liga firmemente a uma proteína chave no Sars-Cov-2, não permitindo assim que o vírus entre nas células hospedeiras, bloqueando então a infecção.

A equipe de pesquisa vem se preparando para realizar estudo pré-clínicos em animais, com objetivo de desenvolver um tratamento capaz de ajudar as pessoas logo após a infecção pelo vírus, nesse caso, as vacinas vão precisar ser ministradas um ou dois meses antes da infecção para que seja fornecida uma proteção, como explica o autor do artigo e professor de biociências moleculares em Austin, Jason McLellan.

“Com as terapias em cima desses anticorpos, você está dando diretamente a alguém uma proteção imediata, pois eles também podem ser usados para tratar alguém que já está doente, conseguindo assim diminuir a gravidade da doença. Esse tratamento pode ser particularmente eficaz para os grupos que são mais vulneráveis como os idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido”, diz McLellan.

De acordo com a pesquisa já feita, quando o sistema imunológico das lhamas detecta bactérias e vírus invasores, ela logo produz dois tipos de anticorpos: um que semelhante aos anticorpos humanos e o outro que tem apenas um quarto do tamanho, esse menores, que são chamados de nanocorpos, podem ser nebulizados e usados em um inalador.

“Isso os torna potencialmente e realmente interessante, como um medicamento para um patógeno respiratório, porque você o entrega diretamente no local da infecção”, afirma o pesquisador.

O mais interessante é que o desenvolvimento desse tratamento já havia começado a quatro anos atrás, em 2016, quando era pesquisado o Sars-Cov-1 e o Mers-Cov. Foram injetadas 130 com proteínas estabilizadas dos vírus ao longo de seis semanas, para que posteriormente pudessem coletar os anticorpos isolados.

E logo quando o Sars-Cov-2 surgiu e vindo a desencadear essa pandemia da Covid-19, essa equipe rapidamente começou com testes, para descobrir se de fato, os anticorpos produzidos para o Sars-Cov-1, também pudesse vir a ser eficaz.

“Isso foi emocionante para mim, porque eu trabalho nisso a anos, mas não havia uma grande necessidade de tratamento para coronavírus na época, tinha sido apenas uma pesquisa básica”, relembra Wrapp.

Esses quatro anos de trabalho que eles já haviam feito, permitiu então que esses pesquisadores pudessem avançar com o novo tratamento muito mais rápido.

As lhamas da fazenda do Instituto Vlaams de Biotecnologia da Universidade de Ghent (Tim Coppens/Divulgação)

Covid-19: Pesquisadores usam anticorpos das lhamas contra o coronavírus. Foto:Depositphotos/divulgação

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