24.7 C
Três Lagoas
quarta-feira, 24 de abril, 2024

‘Covardia o que fizeram com minha filha’

Geral – 18/07/2012 – 11:07

“Foi uma covardia o que eles fizeram”, assim o ferroviário João Maciel, 55 anos, definiu o que aconteceu com a filha dele, Eliane Cristina Maciel Martins, 29 anos, que morreu na segunda-feira (16) após esperar por duas horas por uma ambulância do Samu. Um telefonista que trabalha no serviço de resgate administrado pela Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) afirmou que o médico responsável pela regulação negou o atendimento quando soube que a paciente tinha plano de saúde.

Eliane fazia tratamento para doença renal e teve uma crise na madrugada de segunda, quando foi levada pelo pai às pressas para uma unidade básica de saúde. No local, a médica que prestou atendimento solicitou uma ambulância do Samu para que a paciente, em estado gravíssimo, fosse transferida para o hospital do qual era conveniada. O responsável pela regulação, porém, teria avaliado que o transporte deveria ser feito por uma ambulância contratada pelo plano de saúde da jovem.

Afirmando ainda estar transtornado, Maciel falou ao G1 por telefone sobre as horas que antecederam a morte da filha. “Eu achei muito estranho. A médica pediu a ambulância do Samu, mas depois ela me perguntou se a Elaine tinha convênio”, lembrou.

“Minha filha foi piorando e a médica explicou [por telefone] para o pessoal do Samu, mas acho que era falta de vontade. O que eles fizeram com a minha filha foi uma covardia. Se fosse um parente desse médico, ele mandava a ambulância”, desabafou Maciel.

Promotoria

O Ministério Público abriu inquérito nesta segunda-feira para investigar a morte de Eliane. Para o promotor Sebastão Sérgio da Silveira, a mulher deveria ter recebido atendimento de urgência na unidade de saúde e depois ser transferida para o hospital privado. “O SUS é universal, ele foi criado para atender todas as pessoas”.

Outro lado

O advogado do médico responsável pela regulação do Samu no horário da ocorrência foi procurado pela reportagem, mas não se pronunciou sobre o caso.

O Hospital São Francisco comunicou, em nota, que a ambulância do convênio foi acionada logo que recebeu o chamado da unidade de saúde da Prefeitura, mas o atendimento não foi realizado porque a paciente já estava morta.

A Prefeitura de Ribeirão Preto, responsável pela regulação do Samu na cidade, informou em nota que a paciente foi atendida pela equipe médica da Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) Quintino e recebeu tratamento adequado para as condições que apresentava.

A nota informa ainda que uma Comissão de Averiguação da Secretaria da Saúde terá 15 dias para investigar os fatos.

radioCacula/interna/m_middle_336x280_3

Denúncia

O caso foi denunciado pelo telefonista do setor de regulação do Samu, Gerson Ferreira de Carvalho, que intermediou o diálogo entre o médico responsável pelo serviço e a unidade de saúde municipal onde a vítima recebeu os primeiros socorros. “Ele [o médico regulador] retirou o pedido [de socorro] e orientou a paciente a acionar o São Francisco para o resgate”, contou.

Fonte: G1

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

PRF apreende 206 Kg de maconha em Três Lagoas

Desconfiada do excesso de peso das embalagens, a equipe abriu as caixas e encontraram sacos com o entorpecente.

Eleitor três-lagoense tem até o dia 8 de maio para tirar novo título ou regularizar situação eleitoral

Em entrevista à Rádio Caçula nesta quinta-feira (24), a chefe da 9°Zona Eleitoral de Três Lagoas, Vanessa Barroso salientou à respeito do prazo, e das consequências para quem não se regularizar perante à Justiça Eleitoral.

Secretária da SEJUVEL fala sobre sua posse imediata e visitas aos bairros

Na manhã desta terça (23), representantes da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (SEJUVEL) participaram do Programa ‘Hora da Notícia’, apresentado por Fábio...